Infectologista explica qual a diferença entre HIV e AIDS e os avanços no tratamento

  • Robson Leite
  • Publicado em 15 de dezembro de 2022 às 12:30
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Com avanços médicos, os portadores da doença possuem mais qualidade de vida, deixando de lado o estigma da “sentença de morte”

Os primeiros casos de HIV no mundo surgiram no início da década de 1980 e, com isso, a ciência passou a se debruçar sobre os mecanismos relacionados à infecção.

Atualmente, com os avanços médicos, os portadores da doença possuem mais qualidade de vida, deixando de lado o estigma da “sentença de morte” pós-diagnóstico.

Mas, você sabe qual a diferença entre HIV e AIDS?

O infectologista do Hapvida NotreDame Intermédica, Claudio Penido Campos Junior, explica que existem os indivíduos que entraram em contato com o vírus, mas não adoeceram e não apresentaram qualquer alteração clínica relacionada à infecção.

“E existem os que chegaram à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, que são pessoas que apresentaram sinais e sintomas ou mesmo já tiveram outras infecções oportunistas, que só acomete pacientes que têm a perda da imunidade”, diz.

E independentemente do estágio da doença, o médico reforça que é preciso manter alguns cuidados. “O que importa é que as pessoas continuem se prevenindo, fazendo sexo seguro e na eventualidade de serem infectados, que procurem atendimento médico, pois existem tratamentos medicamentosos muito eficientes e seguros para esse tipo de infecção”, reforça.

Importância da rede de apoio

Todavia, ainda há tabus e preconceitos que cercam o HIV e a AIDS. E a psicóloga do Hapvida NotreDame Intermédica, Elaine Souza, comenta sobre a importância de se cuidar.

“A doença gera no indivíduo um sentimento de abandono, solidão, medo, insegurança e ansiedade. Por isso, é importante falarmos sobre a rede de apoio, formada por entidades, família e amigos”, afirma.

Nesse contexto, a psicóloga frisa sobre a positividade do acolhimento. “Essas pessoas precisam desempenhar esse papel de rede de apoio presente para fortalecer a saúde física e mental, favorecendo o autoconhecimento e a autoconfiança, para que o indivíduo possa se reconstruir e sentir-se acolhido e amado. Isso trará muitos ganhos aos cuidados que esse sujeito precisará ter daqui em diante”, conclui.


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