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PMs alegam que o homem estava armado e que teria apontado revólver; ônibus é queimado por populares
Ônibus da São José é queimado na Vila São Sebastião em possível represália. Foto extraída de vídeo do WhatsApp
Um momento de medo e pânico assombrou a Vila São Sebastião nesta quarta-feira.
Um grupo de moradores impediu a passagem de um ônibus da Empresa São José. Depois de pedir para os passageiros descerem, as pessoas colocaram fogo no coletivo.
O vandalismo desta quarta-feira pode estar ligado a uma ocorrência que terminou em tragédia, na terça-feira, em Franca.
Um homem de 23 anos foi morto a tiros após fugir de uma abordagem de policiais militares na Vila São Sebastião, zona oeste de Franca.
Segundo a polícia, os PMs estavam em patrulhamento na Rua Francisco Marques quando viram o balconista Alan Diego próximo a um estabelecimento comercial.
Ao anunciarem a abordagem, ele saiu correndo em direção à Rodovia Cândido Portinari. Desceu pelo barranco e foi perseguido pelos policiais. Ele tinha passagens criminais por tráfico de entorpecentes.
Quando Alan estava próximo à mureta que divide as pistas da rodovia, foi alvejado pelos tiros dos PMs. Os policiais alegam que o rapaz estava armado e apontou o revólver, calibre 32, na direção deles e que a reação foi imediata. Baleado, o balconista morreu no local.
Logo após o episódio, populares da Vila São Sebastião se revoltaram e o clima ficou extremamente tenso. Os PMs chamaram reforços e a população foi contida com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.
Os policiais militares se apresentaram no Plantão da Polícia Civil, que apreendeu as armas dos PMs e o revólver que estaria de posse de Alan Diego e instaurou um inquérito para investigar o ocorrido.
Os policiais estão afastados do trabalho nas ruas e realizarão, por ora, atividades internas no Batalhão de Franca.
Nesta quarta-feira, o clima se manteve tenso na Vila São Sebastião e um ônibus da Empresa São José foi incendiado – ninguém se feriu e as linhas foram suspensas.
Homens do BAEP de Ribeirão Preto estão, desde então, em Franca realizando o trabalho de patrulhamento preventivo, afim de conter possíveis atos de violência em represália ao ocorrido.