Novidade apresentada em abril tende a facilitar a doação; Documento digital pode ser preenchido por meio de aplicativo ou site
Essa recusa se dá, principalmente, pela desinformação, além da não compreensão da morte encefálica (necessária para a doação) e outros motivos.
Mesmo que a pessoa em vida declare ser doadora de órgãos, a decisão final é da família, o que muitas vezes pode dificultar o processo.
Mas agora uma novidade apresentada pelo Conselho Nacional de Justiça em parceria com o Colégio Notarial do Brasil e o Ministério da Saúde pode mudar isso.
Desde o início do mês, qualquer pessoa pode realizar uma Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) nos mais de 8 mil cartórios do país.
O documento é eletrônico e deve ser preenchido a fim de demonstrar o interesse em ser doador, podendo escolher quais órgãos quer doar.
A lista inclui coração, pulmão, pâncreas, intestino, rim, fígado e até tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical).
Após o preenchimento, o cartório irá receber o formulário e irá entrar em contato com a pessoa interessada por meio de uma videoconferência, com o objetivo de identificá-la e registrar o interesse.
Assinatura
Sendo assim, o representante do cartório e a pessoa doadora irão assinar a AEDO e a escolha passará a valer juridicamente. Com este documento, os profissionais da área da saúde poderão comprovar à família o desejo da pessoa falecida.
O documento pode ser preenchido no site https://www.aedo.org.br/ ou por meio do aplicativo e-notariado, disponível para download em lojas de aplicativos.
Situação da fila de transplantes no país
Atualmente, mais de 42 mil pessoas esperam por um órgão no país, segundo o Ministério da Saúde. O órgão com mais solicitações é o rim (39.502), seguido de fígado (2.316) e coração (400).
Os números divulgados ainda incluem 382 pessoas que aguardam por pâncreas e rim; 170 por um pulmão; 35 que precisam de apenas o pâncreas e sete que esperam por um transplante multivisceral.
Outro dado destacado é de que a maioria são homens, cerca de 25 mil. Até abril de 2024, mais de 2.300 transplantes foram realizados. O número total de cirurgias feitas em 2023 foi de 9.248.
Passo importante
“Cada dia mais, testemunhamos uma demanda crescente por transplantes de órgãos no Brasil e uma fila de espera que continua a se alongar. O registro em cartório do desejo de ser doador ou doadora é um passo importante para garantir que as vontades das pessoas sejam respeitadas. Ao tornar esse processo mais acessível, estamos facilitando o caminho para que mais pessoas tenham a oportunidade de se tornarem doadoras e, consequentemente, dar uma nova chance de vida a milhares de brasileiros que aguardam por um transplante”, destaca Marcelo Mion, gerente de suporte ao cliente e treinamento/laboratório da Biometrix Diagnóstica.
Quando se fala da doação de tecidos, a espera por uma córnea lidera a lista, com 27.892 mil solicitações. Em 2023, mais de 16 mil cirurgias foram realizadas.
O transplante de medula também tem uma fila significativa, com 650 pessoas, de acordo com o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Doadores de medula
Diferente da doação de órgãos, para ser um doador de medula óssea basta ter entre 18 e 35 anos e procurar o Hemocentro mais próximo. Após o cadastro no Redome, uma amostra de sangue, cerca de 10 mL, será coletada para o exame de tipagem HLA..
O cadastro para doar medula não é garantia de que a pessoa será chamada, pois as chances de encontrar um doador compatível são raras, podendo chegar a uma em cem mil pessoas.
Porém, mesmo sendo uma tarefa difícil, desfechos positivos ocorrem, como por exemplo o de Fabiana Justus, que após ser diagnosticada com leucemia, um doador compatível foi localizado.
Recentemente, compartilhou com seus seguidores que o transplante foi um sucesso. Por este motivo, o cadastro torna-se importante. Caso seja compatível, o doador é convidado a realizar a doação, que ocorre em um centro cirúrgico.
Hemocentro
Caso busque o Hemocentro para o cadastro, aproveite para doar sangue. Com a chegada do inverno, os estoques ficam em baixa devido a disponibilidade dos doadores, mas as necessidades clínicas continuam existindo.
A doação de órgãos pode salvar até oito vidas, mas é importante aproveitar para ser doador de sangue e salvar até quatro pessoas. Além disso, o cadastro de doação de medula pode oferecer uma chance rara de recomeço.
Sobre a Biometrix
Líder no mercado de atuação, a Biometrix Diagnóstica está há mais de 25 anos desenvolvendo soluções voltadas ao diagnóstico molecular.
O objetivo da Biometrix é tornar o diagnóstico médico cada vez mais rápido e preciso, sempre em busca de resultados que contribuam com a saúde e o bem-estar.
Por isso, está comprometida com a qualidade de vida, oferecendo a mais alta tecnologia em reagentes para diagnóstico e equipamentos laboratoriais, principalmente relacionados a transplante de órgãos e tecidos.
Para mais informações: www.biometrix.com.br