Faixa de pedestres liga calçada ao meio da rua na Avenida Hélio Palermo

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de outubro de 2017 às 11:26
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:22
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População tem ironizado faixa, que não dá qualquer segurança aos pedestres francanos

​Mais uma peripécia do Setor de Trânsito da Prefeitura de Franca ganhou as redes sociais. 

Uma ação que deveria dar mais segurança para a população faz o efeito contrário e, se utilizada, colocará as pessoas ainda mais em risco.

Trata-se de uma faixa de pedestres que foi instalada na Avenida Hélio Palermo, próximo à DDM – Delegacia de Defesa da Mulher – ligando a calçada, inexplicavelmente, ao meio da rua.

Pedestres e motoristas que passavam pelo local não entenderam qual o propósito daquela faixa. “Pede pra ele (o prefeito) explicar também essa faixa de pedestre na avenida Hélio Palermo”.”

DENÚNCIAS

Com as notícias divulgadas nos últimos dias, têm chovido denúncias de desgoverno na implantação das lombadas ou passagens de pedestres.

Muitas delas dizem que as lombadas foram colocadas para atender pedidos de amigos e correligionários do prefeito e que um estudo mais meticuloso não apontaria a necessidades das lombadas ou passagens de pedestres.

Há casos de lombadas e passagens instaladas no início da quadra, quando a velocidade dos veículos não oferece perigo para os pedestres.

INVESTIGAÇÃO

O Ministério Público Estadual (MPE-SP) em Franca, abriu inquérito civil para investigar a instalação de “lombofaixas” em ruas e avenidas da cidade e que causaram suspeição da Promotoria Pública por conta de seus valores (segundo consta, R$ 15 mil cada, pagos pela Prefeitura à Emdef) e também pelo fato de supostamente estarem sendo construídas nas vias públicas sem maiores critérios técnicos.

Na ementa do procedimento do Inquérito Civil, a Promotoria cita também, além dos valores e das suspeições acima, o caso que circulou pelas redes sociais e foi publicado pelo Jornal da Franca, de que, defronte à Santa Casa, uma das lombofaixas foi construída em cima de uma tampa de bueiro, que posteriormente, foi “mudada” de lugar pela Emdef, tal o motivo de chacota que a “obra”, que já está sendo chamada de “Lombogate”, provocou.

No documento em que determina o Inquérito Civil (IC), o Promotor Paulo César Corrêa Borges cita que tomou conhecimento pela imprensa da notícia de que a Prefeitura contratou pelo preço de R$ 15 mil, e com dispensa de licitação, a Emdef – Empresa Municipal para o Desenvolvimento de Franca (do qual o Município é o acionista quase que totalitário), para a instalação das lombofaixas, afirmando também ter conhecido do caso específico do “tapa-bueiro” no caso da lombada defronte à Santa Casa, sobre uma tampa de bueiro.

Borges levanta a suspeição sobre o “alto custo” das lombofaixas, evidenciando possível prejuízo ao erário público, determinando que os citados no IC, sejam citados de imediato.  

São citados no documento da Promotoria como investigados no inquérito, o Município de Franca, o Prefeito Gilson de Souza, a Emdef (sem citar o presidente Marcos André Haber), o Chefe do Departamento de Trânsito, Márcio Antônio dos Santos – Marcinho (ex-presidente da Câmara de Cristais), e o Coordenador Municipal, Miguel Marques (ex-prefeito de Cristais). 


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