Entenda como IA ajuda a detectar vazamentos de água não visíveis em Franca

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 25 de abril de 2023 às 11:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

O sistema usa os sons gerados pela perda de água como material para identificar e localizar pontos de vazamentos que não afloram nas ruas

Sabesp implanta nova técnica para detectar vazamentos não visíveis com mais precisão – foto Arquivo

 

A inteligência artificial tem ajudado a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), empresa responsável pelo abastecimento de água na região de Franca, a detectar vazamentos não visíveis nas redes de distribuição da região.

O sistema usa os sons gerados pela perda de água como material para identificar e localizar pontos de vazamentos que não afloram nas ruas.

A partir desta coleta de dados, os geofonistas, profissionais responsáveis em detectar vazamentos da Sabesp, conseguem encontrar os pontos de perda de água com mais facilidade. A técnica já se provou bastante útil.

“Conseguimos fazer distâncias muito maiores em menos tempo, e com efetividade maior”, diz o gestor de perdas da Sabesp de Franca, Fernando Colombo.

O especialista explica como esse sistema funciona e como ele pode ser utilizado para evitar perda de água nos municípios da região.

Como era o trabalho antes da inteligência artificial?

A procura por vazamentos não visíveis costumava ser bem mais trabalhosa por meio da identificação de ruídos. Para isso, são utilizadas hastes de escuta, instaladas nos pontos de ligação das casas.

Essas hastes, postas nos cavaletes, ampliam o som dos possíveis vazamentos. Os geofonistas, profissionais especializados em encontrar os vazamentos, fazem varreduras noturnas para encontrar pontos problemáticos.

O trabalho é feito à noite pois neste período, além de haver menos ruídos externos que possam atrapalhar, a pressão das tubulações são maiores e o ruído fica mais alto. Ainda assim, a investigação pode falhar.

Como a inteligência artificial pode ajudar nas varreduras?

Nova técnica usa inteligência artificial para detectar vazamentos – foto Divulgação Sabesp

 

Com a nova técnica, as hastes de escuta receberam um sistema eletrônico que grava o ruído do vazamento. Esses sons são passados para um aplicativo no celular, que fica com o profissional que está fazendo a coleta de dados.

No final da noite, os sons coletados nos pontos são jogados para um banco de dados na nuvem onde o algoritmo compara as gravações com um banco de dados composto por mais de 2 milhões de sons de vazamentos.

A partir dessa comparação, o algoritmo indica os pontos em que há suspeita de vazamento.

“E ele é inteligente porque se ele ver que aquilo é um vazamento novo, que ele não tinha, ele consegue agregar. Aumenta o banco de dados dele, então é realmente uma inteligência artificial”, pontua o gestor de perdas.

*Informações G1

 


+ Cotidiano