Deputados garantem que vão acompanhar ação do estado quanto às crises hídricas

  • Marcia Souza
  • Publicado em 21 de novembro de 2021 às 20:00
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Franca é um exemplo de falta de gerenciamento durante a crise hídrica, quando enfrentou racionamento de água

Franca é um exemplo de falta de gerenciamento durante a crise hídrica, quando enfrentou racionamento de água

A Assembleia Legislativa afirmou que vai monitorar as ações do governo estadual para combater a nova crise hídrica que o estado paulista está passando.

As Assembleias Legislativas, além de criar leis, são responsáveis por fiscalizar, colaborar e cobrar as ações do governo. A decisão do presidente da Alesp, deputado Carlão Pignatari, foi formalizada em Ato na última semana.

A Alesp aponta a necessidade de criar um sistema integrado que gerencie os recursos hídricos e defenda a população contra eventos preocupantes, como racionamento de água.

Em Franca

A cidade de Franca é um exemplo de falta de gerenciamento durante a crise hídrica. Foi implantada um racionamento de água que prejudicou toda a população por vários dias.

Durante todo o período, a Sabesp pecou na comunicação com a população, que reclamou muito do desabastecimento e do trato com a empresa durante o período.

Histórico

Em 2014, São Paulo viveu o verão mais quente dos últimos 70 anos e a falta de chuva afetou o principal conjunto de reservatórios da região metropolitana, o Sistema Cantareira.

De lá para cá, algumas medidas foram tomadas para que grande parte da população paulista não fique novamente sem água, como a transposição de água da bacia do Rio Paraíba do Sul, campanhas para redução do desperdício e parcerias para acelerar as obras.

Embora as chuvas estejam acima do esperado para esta época do ano, os reservatórios que abastecem a região metropolitana continuam em níveis abaixo do ideal.

Com a estiagem, agricultores sofrem com a diminuição da colheita, prejuízo no desenvolvimento dos frutos e qualidade das pastagens.

Transporte

Ainda como consequência da crise hídrica, empresas que realizam transportes de cargas e passageiros pela hidrovia Tietê-Paraná, uma das principais alternativas de corredor de exportação, interromperam suas atividades.

Isso para realizar a preservação da água no local após alerta emitido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o que representa uma grande instabilidade no setor agrícola, já que por ela são transportados especialmente soja, milho e cana-de-açúcar.

Em 2020, a hidrovia, segundo o Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, foi responsável pelo transporte de 6,16 milhões de toneladas de produtos e só entre os meses de janeiro e maio deste ano registrou 2 milhões de toneladas, mais que o dobro em relação ao período do ano anterior.


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