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Remédio é fabricado a base de cannabis, mesma planta que se extrai a popular maconha
Remédio é fabricado a base de cannabis, mesma planta que se extrai a popular maconha
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou, nesta terça-feira (23/11), requerimento de urgência para tramitação acelerada a um Projeto de Lei polêmico.
A matéria, de autoria do deputado Caio França (PSB), institui uma política de fornecimento gratuito de medicamentos à base de canabidiol (à base de maconha) e outras substâncias semelhantes, na rede pública estadual.
A proposta também tem o objetivo de adequar o uso da cannabis medicinal aos padrões de saúde pública estadual e facilitar o acesso de pacientes a esses medicamentos.
Estudos científicos apontam que o uso dos medicamentos diminui as consequências clínicas e sociais de várias patologias, entre elas depressão, esclerose, Alzheimer e fibromialgia.
Sobre o projeto, o deputado Gilmaci Santos (Republicanos) justificou sua posição contrária à urgência por questão constitucional.
Anvisa
Segundo ele, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não autorizou o uso de medicação à base de cannabis. A estimativa é de que o projeto seja votado em Plenário em 2022.
Em resposta a Gilmaci, Caio França autor esclareceu que os medicamentos já estão autorizados pela Anvisa e que a política a ser implantada vai facilitar o seu uso por famílias sem condições financeiras para custear a medicação importada. “Os medicamentos já estão em uso por quem pode pagar por eles”, disse o deputado.
Orçamento
O autor da proposta afirmou acreditar ainda que o programa dá condições de o Estado prever no Orçamento recursos para a aquisição dessas drogas. “Estou seguro do que estou fazendo”, disse.
Citou benefício desses medicamentos para, por exemplo, crianças com quadro grave de convulsões e alertou: “Não espere precisar para defender o projeto”.
Já o deputado Campos Machado (Avante) considerou o projeto inadequado e argumentou que a medida pode facilitar o uso de drogas. “Vamos deixar para o ano que vem e ouvir autoridades médicas a respeito”, falou.