Cães invadem ambulância e fazem vigília para esperar o tutor em unidade médica

  • Nene Sanches
  • Publicado em 9 de novembro de 2021 às 11:00
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Logo após receber alta, o catador de recicláveis encontrou os amigos fiéis na porta do posto e todos voltaram para casa.

Os cães foram na ambulância, junto com o tutor, e depois esperaram na saída da Unidade de Atendimento

Os cães Bob e Chiara mostraram que são realmente fiéis ao tutor deles. Quando o catador de recicláveis José Antônio Pereira, de 47 anos, teve um ataque convulsivo e precisou ser atendido pelo SAMU, os doguinhos não saíram de perto e “invadiram” a ambulância para acompanhá-lo.

As socorristas que atenderam ao chamado contaram que os cães ficaram sempre por perto e entraram na ambulância logo que elas colocaram José na maca.

Já na unidade de atendimento, os dois cães ficaram a noite inteira na porta, até que o tutor tivesse alta e voltasse para casa.

Primeiros socorros

Segundo Patrícia Iolanda Antunes, enfermeira-chefe do Samu em Bauru, São Paulo, ela só conseguiu se aproximar de José, após ele conversar com os cães.

Ainda assim, quando os animais viram que o tutor seria levado, imediatamente entraram na ambulância para esperá-lo.

Sem conseguir tirar os animais, Patrícia e a motorista Josyane Plana, comunicaram o médico-regulador do serviço para justificar a decisão de levar os cães dentro do carro, já que eles não abandonariam o homem. O médico aprovou a decisão da dupla.

Vigília

Como José precisou ficar internado durante algumas horas, Bob e Chiara se mantiveram firmes, na porta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Mary Dota, onde o tutor estava.

Logo após receber alta, o catador de recicláveis encontrou os amigos fiéis na porta do posto e todos voltaram para casa.

“Trabalhamos no limite entre a vida a e morte, temos de ser técnicos, mas não podemos deixar de ser humanos. Acredito que o fato de termos duas mulheres nessa equipe foi fundamental nesse episódio que reforça o processo de humanização que a gente busca. Nós mulheres somos mais sensíveis”, acredita Patrícia Iolanda.


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