Bolsonaro sinaliza volta do auxílio por mais três ou quatro meses, a partir de março

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 19:00
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Presidente destacou que a prorrogação do benefício indefinidamente poderá impactar negativamente a economia do país

O presidente Jair Bolsonaro sinalizou que deve estender o auxílio emergencial por mais “três ou quatro meses” e que deve retomar a partir de março o pagamento do benefício, criado como medida de enfrentamento à crise desencadeada pela pandemia da Covid-19.

As declarações foram dadas nesta quinta-feira (11) em entrevista após uma cerimônia de entrega de títulos de posse a agricultores de Alcântara, no Maranhão, cidade que abriga a base de lançamento de foguetes da Força Aérea Brasileira.

“Temos previsto [o auxílio] ainda para mais Três a quatro meses, está sendo acertado com o Executivo e o Parlamento também porque temos que ter responsabilidade fiscal”. As informações são dos repórteres João Pedro Pitombo e Brenda Serra, da Folhapress.

Em seu discurso na cerimônia, Bolsonaro voltou a destacar o caráter temporário do benefício e destacou que a sua prorrogação indefinidamente poderá impactar negativamente a economia do país.

“O nome é emergencial. Não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país. E ninguém quer o país quebrado. E sabemos que o povo quer é trabalho”, disse.

O presidente ainda disse que, sozinho, o auxílio emergencial não é suficiente para garantir a retomada da economia brasileira. Por isso, voltou a criticar medidas restritivas adotadas por estados e municípios durante a pandemia que incluam o fechamento do comércio.

“Tem que acabar com essa história de fecha tudo. Devemos cuidar dos mais idosos agora o resto tem que trabalhar. Caso contrário, o Brasil pode perder crédito e a inflação vem”.

A declaração do presidente está em sintonia com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Na quarta-feira (10), ele defendeu mais uma rodada do auxílio emergencial para atender à população vulnerável afetada pela pandemia do novo coronavírus.

“R$ 200, R$ 300 por mês fazem muita diferença na vida daquela pessoa que está fora de qualquer cadastro único, à margem de todo o processo”, disse em entrevista ao programa Ponto a Ponto (BandNews), apresentado pela colunista da Folha, Mônica Bergamo, e pelo cientista político Antonio Lavareda.

Segundo o deputado Arthur Lira, o auxílio deve ser destinado para alimentação da “população carente que está muito sofrida”.


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