Ano deve ser de crescimento para a indústria calçadista, mas sem exagero

  • Roberto Pascoal
  • Publicado em 30 de janeiro de 2023 às 18:30
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Abicalçados ressalta que os embarques devem registrar queda de 5,7% ao longo do ano

Abicalçados ressalta que os embarques devem registrar queda de 5,7% ao longo do ano

Com a projeção de um crescimento mais tímido em 2023, de 1,6% em produção, a indústria calçadista brasileira está cautelosa e observando os próximos passos da economia nacional e internacional.

O cenário no mercado doméstico é de desaquecimento, com endividamento recorde das famílias (80%) e inflação crescente.

No âmbito internacional, o cenário não é muito diferente, com a escalada da inflação, impulsionada pelos problemas logísticos pós-covid e pelo conflito no Leste Europeu, somada ao desaquecimento de grandes economias mundiais, caso dos Estados Unidos e Zona do Euro.

Acima do PIB

A projeção da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), no entanto, é de crescimento muito acima da previsão de incremento do PIB brasileiro para 2023 (0,7%).

O presidente-executivo da entidade, Haroldo Ferreira, destaca que o setor calçadista, historicamente, cresce mais do que a economia brasileira, o que mostra a pujança de uma atividade que emprega, diretamente, mais de 300 mil pessoas em todo o País.

“Será um ano de desafios, mas nada que o setor não esteja acostumado. Ao longo dos anos, passamos por crises, algumas mais outras menos graves, mas sempre saímos fortalecidos. Em 2023, as dificuldades maiores devem ser no mercado externo, sendo que as exportações devem perder espaço para o mercado interno. Em um país com um mercado doméstico como o nosso, isso está longe de ser terra arrasada”, comentou.

Ele ressalta que os embarques devem registrar queda de 5,7% ao longo do ano (em pares).


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