Veja quantas pessoas morrem por hora em acidentes de trânsito no Estado de São Paulo

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 30 de maio de 2023 às 08:00
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No Maio Amarelo, mês de conscientização sobre segurança no tráfego, especialistas reafirmam necessidade da direção defensiva

No estado de São Paulo, uma pessoa morre a cada duas horas em acidentes de trânsito. É o que mostra um levantamento feito pelo portal R7 com base no Infosiga, banco de dados do Governo de São Paulo sobre acidentes em vias no estado.

O dado alarmante chama ainda mais atenção no Maio Amarelo, mês da conscientização sobre segurança no tráfego. Especialistas apontam falta de atenção ao volante e falhas na infraestrutura como as principais causas de sinistros e reafirmam a necessidade da direção defensiva para reduzir o número de mortes.

De acordo com o Infosiga, foram registrados 1.525 óbitos em acidentes de trânsito entre janeiro e abril de 2023. O número representa uma redução de apenas 3,8% em relação ao mesmo período de 2022, que alcançou a marca de 1.585 mortes.

Palavra do especialista

Dados como esse colocam o Brasil atrás apenas de Índia e China, dois gigantes populacionais, no ranking da OMS (Organização Mundial da Saúde) de países com os maiores índices de acidentes fatais de trânsito.

“Os sinistros de trânsito deixam um rastro de mortos e feridos que não pode ser aceitável em uma sociedade moderna, civilizada e com tantas tecnologias disponíveis”, afirma Michel Angelis Miquilin, vice-presidente da ABSeV (Associação Brasileira de Segurança Viária) e engenheiro especialista em segurança de tráfego da 3M.

Principais causas de acidentes

Especialistas afirmam que a causa para tantas mortes está relacionada à falta de atenção dos condutores e às falhas na infraestrutura de segurança nas vias. De todos os óbitos registrados no trânsito do estado de SP, 61% são de motoristas.

“Muitos não se concentram totalmente quando estão dirigindo. A atenção fica dividida entre a direção e o celular, principalmente. Isso faz com que, na maioria das vezes, o motorista avance a preferencial do terceiro e provoque colisão”, conta Wiliam Rocha, que trabalha há 20 anos com sinistros de trânsito para seguradoras.


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