Empreendedorismo cresce no Brasil e jovens estão entre principais investidores

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  • Publicado em 1 de dezembro de 2018 às 09:20
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:12
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Cursos do Senac Franca incentivam a cultura empreendedora e auxiliam estudantes a ingressarem no mercado

Entre 2017 e 2018, cerca de 74% dos empreendedores em todo o mundo abriram um negócio em busca de uma oportunidade, e não por necessidade. A afirmação é do relatório realizado pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que também aponta que a América Latina está entre as regiões com as taxas mais elevadas de jovens que entraram no ramo – 17%. No Brasil, o índice total foi de 36,4% em 2017, o que, em números, representa quase 50 milhões de pessoas empreendendo.

Acompanhando a crescente mundial do empreendedorismo, o Senac Franca incentiva, por meio de projetos e, também, pela metodologia de ensino, práticas empreendedoras entre os alunos de todos os cursos. Thiago Ramburgo Alves, que integra a turma do Técnico em Administração na unidade, é exemplo de como essa cultura interfere nas decisões profissionais. Com o conhecimento adquirido em sala de aula, decidiu investir em um e-commerce voltado para amantes do Jiu-jitsu. Muito mais que vender uma marca, ele decidiu inovar e comercializar um estilo de vida.

“Quando procuramos produtos voltados para quem pratica artes marciais, encontramos apenas objetos relacionados à alimentação e roupas de treino. Por isso criei uma marca que fornece produtos além do tatame, que vão desde roupas do dia a dia até objetos de decoração para casa”, conta o jovem empreendedor.

O estudante ainda afirma que o incentivo à criatividade e as orientações dos docentes durante o processo de desenvolvimento do e-commerce foram fundamentais para o projeto sair do papel. “O Senac foi um divisor de águas para mim. Recebi orientações sobre marketing, contabilidade e do universo jurídico, o que facilitou para que meu projeto tomasse forma. Com esse suporte, finalmente me senti seguro para empreender”, diz o aluno.

Já para Gabrielle de Souza Rodrigues, de 22 anos, que também cursa Técnico em Administração no Senac, a inserção da cultura empreendedora na rotina educacional ajudou a perceber que a prática vai além de apenas iniciar um negócio próprio.

“Descobri que as pessoas podem empreender como funcionários, estudantes, chefes de família e em vários momentos da vida. O conhecimento me permitiu enxergar que ser empreendedor é pensar, por exemplo, nos meus problemas diários e usar os recursos que tenho a meu favor para resolver a situação. Essa visão mudou minha vida e a forma de me relacionar com tudo ao meu redor, incluindo meu emprego. Hoje eu sou, de fato, empreendedora”, destaca a estudante.

O jeito do Senac de educar proporciona aos alunos um contato direto com histórias e situações que mostram a importância de agir e criar oportunidades em diversas áreas corporativas. “Os alunos são estimulados por meio de projetos que surgem deles mesmos. Além disso, sempre procuramos trazer empreendedores de sucesso da cidade para falar e incentivar essa cultura”, ressalta Tatiana Bonini, docente da área de gestão e negócios da unidade Franca.

Para fomentar ainda mais o empreendedorismo, há 11 anos, o Senac São Paulo realiza o Empreenda – Senac, uma disputa interna que premia os melhores projetos desenvolvidos por alunos dos cursos de graduação, pós-graduação, técnicos (presenciais e a distância), do Programa de Educação para o Trabalho e do Programa Senac de Aprendizagem. No ano passado, o evento envolveu mais de cinco mil alunos e recebeu 1.713 projetos, sendo 12 premiados pelo seu empreendedorismo e inovação. A edição 2018 está agendada para o dia 8 de novembro, das 19h30 às 22 horas, no Centro Universitário – Santo Amaro.

No Senac, o empreendedorismo é um modo criativo e inovador de pensar e agir com relação a oportunidades para a geração de valor individual e coletivo. Trata-se de um conceito mais amplo do que apenas o de iniciar ou gerir um negócio próprio: é a atitude inovadora do profissional ao agir no seu ambiente, identificar oportunidades e criar iniciativas diferenciadas, como uma nova empresa, uma iniciativa social ou sugerir e operar transformações em uma organização.


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