Dono de bar denuncia truculência em ação da Polícia Militar de Franca

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de agosto de 2017 às 22:37
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:18
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O dono do estabelecimento afirmou que recebeu com estranheza a truculência dos PMs

​Na noite desta quarta-feira um bar famoso, que está localizado nas proximidades da Unifran, recebeu uma intensa fiscalização por parte de agentes sanitários da Prefeitura.

Os fiscais chegaram ao local acompanhados de forte aparato policial. Cerca de 10 veículos táticos da polícia militar, com 15 policiais, chegaram no estabelecimento em horário de grande movimento, perto de 22h30, empunhando armas apontadas para os clientes do estabelecimento, tudo para apoiar a ação de agentes sanitários da Prefeitura. Depois, os policiais passaram a fazer a revista pessoal,  sendo que em seguida fizeram a averiguação no local.

Perguntados se havia alguma denúncia,os policiais não souberam responder. Dois agentes da vigilância sanitária, que, segundo consta, estavam ali para fazer uma fiscalização, passaram então à vistoria dos equipamentos e condições de segurança do Bar. Foi constatada a falta de um extintor e dos sinais de emergência, sendo ordenada a lacração do ponto comercial.

O dono do estabelecimento (Kaio Cintra Borges) afirmou que recebeu com estranheza a truculência na fiscalização, uma vez que seus clientes não tem qualquer relação com as condições sanitárias do comércio. 

“Achei um desrespeito com meus clientes a forma como foram abordados, já que o objetivo era a fiscalização sanitária do local e não havia qualquer denúncia. Não bastasse isso, houve um constrangimento para todos que lá estavam pois era horário de muito movimento e terei que arcar com os prejuízos que essa fiscalização trouxe para a imagem do meu Bar!”. 

O dono do bar imediatamente acionou um advogado. Procurado sobre o assunto, o advogado José Chiachiri Neto, que defende a empresa dona do bar, afirmou  que: “Nos parece ter havido nítido excesso na ação policial. Na medida em que o objetivo era a fiscalização sanitária, constranger os clientes empunhando armas e com revista pessoal sem denúncia motivada extrapola todos os objetivos da ação que era a averiguação sanitária. Os agentes ficam, inclusive, sujeitos às sanções disciplinares da corporação”.  

O proprietário do estabelecimento informou ainda que já cumpriu as exigências da fiscalização e pretende reabrir o estabelecimento ainda essa semana.


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