Caminhar aumenta longevidade, mas não adianta passar de 6km por dia! Entenda!

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 22 de setembro de 2021 às 17:30
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Caminhar pelo menos 7.000 passos por dia reduz o risco de morte prematura para pessoas de meia-idade entre 50% e 70%

Caminhar pode reduzir o risco de morte prematura em pessoas de meia-idade

 

Caminhar pelo menos 7.000 passos por dia reduz o risco de morte prematura para pessoas de meia-idade entre 50% e 70%, em comparação com outras pessoas de meia-idade que deram menos passos diariamente ou não se exercitaram.

Como o comprimento médio de cada passo é estimado em 82 centímetros, dar 7.000 passos equivale a caminhar por 5.740 metros, ou 5,7 km.

E caminhar mais de 10.000 passos por dia – ou andar mais rápido – não reduziu ainda mais o risco, mostrando o que parece ser um limite para o ganho com a caminhada.

Estes resultados mostram a evolução no estabelecimento de diretrizes baseadas em evidências para atividades físicas simples e acessíveis que beneficiam a saúde e a longevidade – como caminhar.

Hoje é comum ouvir a recomendação de 10.000 passos por dia, mas esta não é uma diretriz cientificamente estabelecida, tendo surgido como parte de uma campanha de marketing feita para um pedômetro japonês.

Quantos passos por dia

Os pesquisadores coletaram dados do estudo “Desenvolvimento de Risco de Artéria Coronária em Jovens Adultos (CARDIA)”, que começou em 1985 e ainda está em andamento.

Cerca de 2.100 participantes entre 38 e 50 anos usaram um acelerômetro entre 2005 e 2006 e foram acompanhados por quase 11 anos depois disso, para ver os ganhos a longo prazo.

Os voluntários foram separados em três grupos de comparação: Volume de passos baixos (menos de 7.000 por dia), moderado (entre 7.000-9.999) e alto (mais de 10.000).

“Você vê essa redução gradual de risco na mortalidade à medida que dá mais passos. Houve benefícios substanciais para a saúde entre 7.000 e 10.000 passos, mas não vimos nenhum benefício adicional em ir além de 10.000 passos,” disse a professor Amanda Paluch, da Universidade de Massachusetts Amherst (EUA).

Isso é importante porque mostra quando é necessário fazer um esforço para andar mais que vá valer a pena.

“Para pessoas que deram 4.000 passos, chegar a 5.000 é significativo. E de 5.000 para 6.000 passos, há uma redução de risco incremental na mortalidade por todas as causas até cerca de 10.000 passos,” detalhou Amanda.


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