Tem alguma coisa na natureza impedindo as nuvens de desaguarem sobre Franca

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 16 de setembro de 2021 às 16:00
  • Modificado em 16 de setembro de 2021 às 18:47
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Franca continua castigada, capacidade hídrica no limite extremo e mananciais cada vez mais baixos, perto do estado de calamidade pública

Nuvens carregadas sobre um avião pronto para manobras de decolagem

Um francano viveu esta semana a dualidade do que é seca forte e chuva.

Como tinha uma consulta médica em São Paulo, num tratamento que faz há algum tempo, saiu de Franca na terça-feira para pegar o avião em Ribeirão Preto.

De Franca até o Leite Lopes, só secura, alerta de umidade, fumaça das queimadas ainda contaminando o ar e dificultando a respiração.

Em função da série de exames, o francano (que pediu para não ter seu nome mencionado), ficou dois dias na capital paulista.

De terça-feira para quarta-feira (15) o tempo mudou. Na quarta-feira choveu normalmente. Segundo ele, daquelas chuvas que dá gosto ver. E mais ainda de contar.

Exames feitos, tratamento respondendo bem, deixou o hospital em direção a Congonhas. Já no voo de 50 minutos entre a Capital e Ribeirão Preto ele e os demais passageiros passaram por cerca de 30 minutos de instabilidade, embora sem turbulência.

Ao descer no Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, o tempo era outro. Seco, abafado, do mesmo jeito que estava quando fez a viagem de ida. “A Cândido Portinari” estava seca, diz ele.

Na medida em que se aproximava de Franca, ainda mais seco era o clima, mais abafado e com menos ventos.

Segundo ele, está difícil encontrar uma explicação, pois sempre que chovia em São Paulo era só questão de horas para a chuva chegar aqui.

Com isso, a cidade continua castigada, capacidade hídrica no limite extremo e mananciais cada vez mais baixos.

Só mesmo as águas do Aquífero Guarani, que abastecem os postos artesianos de Restinga – que por sua vez estão abastecendo Franca – para não deixar a cidade num estado de emergência ou calamidade pública.


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