Ioga, um caminho para buscar o equilíbrio em tempos de pandemia e de muito estresse

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 27 de junho de 2021 às 15:00
  • Modificado em 27 de junho de 2021 às 15:24
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Exercícios que podem ser praticados gradativamente e sem impacto caem bem para pessoas de todas as idades

Exercícios que podem ser praticados gradativamente e sem impacto caem bem para pessoas de todas as idades

No dia 21 de junho, foi comemorado o Dia Internacional do Ioga. A data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas em 2014. Mas o que você sabe sobre esta prática milenar?

Com o isolamento social, a aposentada Renata Varella teve que parar de praticar karatê, aikidô e equitação. Por isso, resolveu dar uma chance ao ioga, o que já tinha tentado fazer quando era mais nova.

“Eu sou de artes marciais, então quando fiz ioga achei chato e parei, só retomei agora”, conta.

Com aplicativos de celular e plataformas na internet, Renata começou a praticar e logo percebeu os benefícios.

“Fiquei mais elástica, mais calma, faço exercícios de respiração e isso me ajuda, por exemplo, a montar a cavalo”.

Durante a pandemia, a professora brasileira de ioga Pri Leitte, que mora nos Estados Unidos, viu um aumento estrondoso nas buscas por suas aulas na internet, que já ultrapassam 42 milhões de visualizações.

“A prática de ioga é bastante acolhedora, pode ser feita por qualquer idade, independentemente de gênero, flexibilidade ou de quanto você pesa”, explica.

A autora do blog Cadeira Voadora, Laura Martins, é cadeirante e praticante de ioga há 25 anos. Desde a primeira vez em que procurou uma professora, não houve nenhum impedimento para que praticasse.

“Simplesmente, a professora foi me passando os exercícios, me conhecendo para ver o que podia fazer e a gente foi se aperfeiçoando”, conta.

O atual professor de Laura, Thiago Anício, explica que as posturas são adaptadas e, por isso, são possíveis a todas as pessoas.

“O aluno coloca suas limitações, seus desejos e possibilidades, e o professor interpreta e adapta a aula para aquele corpo, para aquela necessidade”, afirma.

Na escola Mafagafo, em Brasília, a prática do ioga foi levada para crianças a partir de um ano e meio de idade. A professora Nambir Kaur conta que as aulas exigem uma preparação maior para entrar no universo lúdico infantil. Mas o retorno é recompensador.

“Uma mãe me contou que estava nervosa e numa situação de tensão, quando a filha de 2 anos falou: ‘mamãe, respira!’ “.

O ioga se popularizou no mundo ocidental a partir do movimento hippie, nos anos 60. Anos depois, o professor de Educação Física e especialista em ioga Marcos Rojo teve contato com a prática, ainda na faculdade.

Fez diversos cursos na Índia e, já no Brasil, montou, com outros professores, o primeiro curso de especialização em ioga numa universidade brasileira.

Ele afirma que a prática no Ocidente tem muita ligação com a parte física: “o ioga não está nem um pouco preocupado se você tem habilidades de plantar bananeira, se seu pé encosta na orelha; o ioga quer fazer do corpo uma ferramenta para o caminho espiritual”, explica.


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