Ministério da Agricultura proíbe venda de 6 marcas de azeites fraudados

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 8 de julho de 2019 às 16:16
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:39
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Produtos continham mistura de óleos, sem presença do azeite de oliva – produtos serão retirados do mercado

O Ministério da
Agricultura proibiu a venda de seis marcas de azeite de oliva considerados
fraudados e impróprios para o consumo humano.

Os rótulos
Oliveiras do Conde, Quinta Lusitana, Quinta D’Oro, Évora, Costanera e Olivais
do Porto devem ser recolhidos do mercado.

As redes de
supermercado e atacado onde esses azeites foram encontrados foram intimadas a
informar os estoques existentes. As que forem flagradas vendendo as marcas após
advertência poderão sofrer multa de R$ 5 mil por ocorrência, mais 400% sobre o
valor comercial dos produtos.

Os
distribuidores responsáveis pelas marcas são Rhaiza do Brasil Ltda, Mundial
Distribuidora e Comercial Quinta da Serra Ltda, segundo o ministério.

As marcas
fraudadas foram identificadas depois que uma fábrica clandestina em Guarulhos,
São Paulo, foi descoberta em uma operação realizada pela polícia, em 12 de
maio. Lá, foram encontradas garrafas das marcas Costanera e Olivais do Porto.
Os azeites eram compostos de uma mistura de óleos, sem a presença de azeite de
oliva.

Após a
descoberta da fábrica, o Ministério da Agricultura realizou uma força-tarefa em
Curitiba e São Paulo, na qual foram testadas 54 marcas de azeite em grandes
redes de varejo. Para comprovar a fraude, foi utilizado um equipamento que
emite raios infravermelhos, capazes de fazer a leitura dos ácidos graxos que
compõem o produto instantaneamente. Amostras também passaram por um aparelho
que detecta óleos refinados e misturas, mesmo que em níveis muito baixos.

Foram
analisadas 19 amostras do Oliveiras do Conde; 8 do Quinta Lusitana e 2 da marca
Évora.

A
fiscalização encontrou os azeites fraudados no comércio de oito estados, desde
Alagoas até Santa Catarina. 

Desconfie do preço

O
Ministério da Agricultura alerta que o consumidor deve desconfiar de azeites
muito baratos.

Os
produtos fraudados custam, em média, entre R$ 7 e R$ 10, enquanto o verdadeiro
azeite tem preço a partir de R$ 17.


+ Serviços