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Quem convive com rinite, sinusite, asma e outras doenças pulmonares ou respiratórias crônicas vê a chegada do frio com receio.
Pessoas que sofrem com doenças pulmonares ou respiratórias detestam a chegada do frio
Quem convive com rinite, sinusite, asma e outras doenças pulmonares ou respiratórias crônicas vê a chegada do frio com receio.
É nessa época que os sintomas tendem a piorar – e muito.
Idas ao médico podem acabar se tornando frequentes, assim como uso de medicações mais fortes.
Mas calma: a boa notícia é que tem jeito de amenizar todo esse sofrimento.
Antes de mais nada, é importante entender por que a saúde de indivíduos com esse histórico se agrava nesta época e por qual motivo gripes e resfriados ficam mais comuns.
A explicação é que a circulação de vírus e bactérias aumenta no período ao mesmo tempo que a temperatura cai, o ar fica mais seco e há uma maior tendência de as pessoas permanecerem em ambientes fechados.
O tempo seco favorece também o aumento da poluição, piorando as doenças alérgicas. Ou seja, combinação perfeita para o caos.
Ok, mas como não se vive só de verão, como driblar todos esse fatores e manter o bem estar na medida do possível?
O segredo começa com o “remédio” mais simples que se pode imaginar: a água.
“Naturalmente ingerimos menos água no outono e inverno, levando a um maior ressecamento das mucosas nasais, favorecendo assim as infecções locais”.
“Por isso, o simples fato de ingerir o líquido em maior quantidade já ajuda na prevenção de doenças”, afirma Eduardo Baptistella, otorrinolaringologista e presidente da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial).
Aquela atenção redobrada à higiene do lar também pode fazer a diferença.
“Quando pensamos nas alergias, é essencial manter os cômodos, as roupas de cama, os tapetes e os carpetes livres da poeira para evitar a proliferação dos alérgenos, como os ácaros, que causam diversos problemas respiratórios”, completa Baptistella.
“Pelo menos em um determinado momento do dia, mantenha os ambientes bem ventilados e com boa penetração de luz solar. Preze por uma boa hidratação, alimentação saudável e atividade física”.
“Todas essas atitudes vão ter um impacto na saúde respiratória dos indivíduos nas estações mais frias e secas”, reforça José Tadeu Colares Monteiro, pneumologista e coordenador da Comissão Científica de Infecções Respiratórias da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia).
Monteiro lembra que portadores de doenças pulmonares e respiratórias crônicas devem ainda manter a medicação inalatória e de uso contínuo.
Além disso, a vacinação tem papel fundamental. “Os pacientes que estão no grupo de risco, como crianças, profissionais da saúde e idosos, devem receber a vacina anti-Influenza. Grupos específicos também devem ser imunizados com a vacina anti-pneumocócica.”
Confira as principais dicas para se proteger das doenças relacionadas ao frio:
– lavar as mãos várias vezes ao dia;
– cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir;
– não compartilhar objetos de uso pessoal;
– evitar locais com aglomeração de pessoas;
– não fumar;
– higienizar os brinquedos das crianças frequentemente;
– ter uma alimentação equilibrada, consumindo frutas, verduras e legumes típicos da estação;
– manter sempre a casa arejada e ensolarada;
– evitar animais de pelo, como cão e gato, sobretudo, circulando dentro de casa;
– usar máscaras e álcool em gel nas mãos, principalmente em tempos de covid-19.
Máscara e álcool em gel: proteção em dobro
Há cerca de um ano e meio as máscaras faciais e os frascos de álcool em gel são indispensáveis no dia a dia. Os itens protegem contra a covid-19 e, de quebra, nos blindam de outras doenças infecciosas respiratórias.
“A utilização de ambos já é sabidamente fator de proteção contra outras doenças além da covid-19. No Oriente, por exemplo, existe uma tradição entre os indivíduos que, ao estarem acometidos por alguma patologia respiratória, seja gripe ou resfriado, usam as máscaras para proteger a coletividade”, aponta Monteiro.
No caso das doenças alérgicas, infelizmente esses utensílios pouco ajudam. “O fator alérgico, ou mesmo a mudança de temperatura, não sofre interferência neste caso”, atenta Baptistella, que de qualquer forma, orienta o uso da máscara a todos.
E se for covid?
Em época de pandemia, qualquer mal estar chama atenção. Os sintomas das doenças respiratórias, como rinite e sinusite, por exemplo, são muito parecidos com os da covid-19.
É possível apresentar coriza, dor de cabeça, falta de ar e até mesmo perda do olfato em se tratando de qualquer uma das três doenças. E como saber o que é o que?
“O ideal é procurar o médico para fazer este diagnóstico. O otorrinolaringologista pode ajudar muito nesta diferenciação. No entanto, se você teve contato com alguém contaminado, até que se prove o contrário – e isto é feito com exames – precisará ter todos os cuidados, inclusive fazer isolamento”, finaliza Baptistella.
*Informações Metro