Variante Delta do coronavírus tem sintoma de gripe e resfriado; saiba o que observar

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 22 de agosto de 2021 às 10:00
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Alta de casos no Brasil faz médicos aumentarem a testagem de pacientes com coriza, ardência na garganta e dor de cabeça

O nariz escorre, a cabeça dói, a garganta arranha: será que é Covid, resfriado, gripe, alergia ou sinusite?

A dúvida logo preocupa quem identifica em si ou em uma pessoa próxima esses sintomas. E não é para menos, alertam médicos.

O coronavírus, principalmente no começo da infecção, facilmente se confunde com esses problemas já bem conhecidos pela população e, com a chegada da variante Delta ao Brasil, a indefinição tende a ser ainda maior.

A cepa mudou o perfil dos sintomas de parte dos pacientes. Às observações se somam as de médicos do Brasil, onde a proporção de casos provocados pela Delta tem crescido nos levantamentos.

Se, em junho, ela estava em 2,3% dos casos no país, em julho, já havia passado para 21,5%, segundo dados da Rede Genômica Fiocruz.

O avanço dessa linhagem do vírus, que demonstra ser mais transmissível, é notado especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Em ambos os estados, a maior parte das amostras sequenciadas geneticamente ainda é da variante Gama (também chamada de P1 ou “de Manaus”), mas a fatia da Delta está aumentando nas últimas semanas.

Essa variante parece bastante com sintomas gripais simples, então a pessoa tem que testar sempre o paciente.

A partir do terceiro dia de sintomas, já se recomenda fazer o teste RT-PCR, para confirmar ou descartar essa possibilidade.

Já está claro que alguns pacientes, para os quais não se pensaria com muita força em Covid no ano passado, tem que pensar agora.

Na prática, ter sintomas mais parecidos com os de gripe ou resfriado no começo da doença não impõe um desafio ao tratamento da Covid, que continua o mesmo, afirmam os médicos, mas reforça a necessidade de certos protocolos.

Fora do ambiente hospitalar, controlar a transmissão vira um problema maior ainda.

Diante de desconfortos que não acendem um alerta tão forte, por serem considerados banais, a tendência é que as pessoas circulem mais enquanto estão contaminadas e, assim, espalhem o vírus. Por isso, a testagem deveria ser reforçada neste momento.


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