Varejistas temem desabastecimento; Petrobras diz que demanda está maior que produção

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de outubro de 2021 às 17:00
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Segundo a empresa, pedido de distribuidores por diesel cresceu 20% e por gasolina, 10%; varejistas temem desabastecimento

Petrobras diz que a demanda por combustível está atípica, com mais demanda do que produção

A Petrobras afirma que recebeu pedidos de distribuidores de diesel muito acima dos verificados nos meses anteriores e de sua capacidade de produção para o mês de novembro.

A empresa informou em nota que, apenas com muita antecedência conseguiria se programar para atender a essa “demanda atípica”.

Mesmo assim, segundo a Petrobras, os contratos com as distribuidoras serão cumpridos de acordo com os termos, prazos vigentes e sua capacidade.

“A companhia está maximizando sua produção e entregas, operando com elevada utilização de suas refinarias”, afirma em nota.

Desabastecimento

Na comparação com novembro de 2019, de acordo com a empresa, a demanda dos distribuidores por diesel aumentou 20% e por gasolina, 10%, o que representa mais de 100% do mercado brasileiro.

As distribuidoras temem a falta de combustível e alertam sobre um possível desabastecimento a partir de novembro.

As varejistas afirmam que a Petrobras cortou parte da oferta de diesel e gasolina, o que aumenta o risco de escassez dos insumos.

A Petrobras esclarece que, nos últimos anos, o mercado brasileiro de diesel foi abastecido tanto por sua produção quanto por importações realizadas por distribuidoras, terceiros e pela companhia, que garantiram o atendimento integral da demanda doméstica.

Cortes

Sobre cortes no atendimento de pedidos de combustíveis, a companhia diz que operou seu parque de refino, no primeiro semestre de 2021, com um fator de utilização (FUT) de 79%, em linha com a média de 2020 e superior ao registrado em 2019.

No acumulado de outubro de 2021, a companhia está operando com FUT de 90%.

“Vale ressaltar que nos últimos anos a Petrobras realizou investimentos em seu parque para aumentar a capacidade de processar economicamente o petróleo bruto brasileiro mais pesado, melhorar a qualidade do derivado para atender a normas regulamentares mais rígidas, modernizar as refinarias e reduzir o impacto ambiental de suas operações de refino”, conclui a nota.


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