Unesp Franca participa do XVI Congresso Acadêmico sobre Defesa Nacional

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  • Publicado em 29 de agosto de 2019 às 17:10
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:46
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Alunos dos câmpus de Rio Claro, Franca e Marília estão em evento que acontece até sábado, 31, no RJ

Professor José Gilberto de Souza e os alunos que compõem as 2 equipes de Rio Claro que participarão do XVI Congresso Acadêmico sobre Defesa Nacional (Foto: Divulgação)

Um grupo formado por alunos de três unidades da Unesp irá apresentar trabalhos no XVI Congresso Acadêmico sobre Defesa Nacional, que está sendo realizado na Escola Naval do Rio de Janeiro, até sábado, 31 de agosto. Os trabalhos discutem o tema da Defesa inseridos nos contextos de conflitos na Síria, crise na Venezuela, defesa cibernética, grandes eventos esportivos e uso da força em operações de paz.

No total, a Universidade enviará para o Rio de Janeiro quatro equipes, sendo duas do curso de Geografia de Rio Claro, uma de Marília e outra de Franca, ambas dos cursos de Relações Internacionais.

Os trabalhos de Rio Claro foram realizados sob a orientação do Professor Doutor José Gilberto de Souza, Departamento de Geografia,  responsável pela cadeira de Geografia Política e os artigos se intitulam Economia de defesa, crise interna e disputa hegemônica mundial: análise dos conflitos na Síria  e Economia de Defesa, interesses estratégicos e a crise política na Venezuela.

Os trabalhos de Franca e Marília intitulam-se Defesa Cibernética no Brasil: Análise da Atuação do Ministério da Defesa na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2021  e  Os Dispositivos Legais para a Proteção de Civis e Uso da Força nas Operações de Paz, respectivamente.

Para o professor José Gilberto de Souza, da Unesp de Rio Claro, a importância da participação das Instituições de Ensino Superior civis nos eventos militares deixa clara os papéis das instituições no desenvolvimento do país e na manutenção da ordem democrática e do Estado de Direito.

“A participação é importante principalmente em momentos políticos conturbados como o que temos vivenciado, uma vez que os alunos das universidades públicas reúnem efetiva formação crítica, de responsabilidade social e suas participações evidenciam a importância da universidade pública e seu papel na produção científica nas diversas áreas do conhecimento, demarcando  a necessidade de sua permanência e de manutenção dos investimentos na pesquisa e na formação superior no país”, destaca o professor José Gilberto de Souza.

O docente, que também é membro da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED), menciona ainda que “o tema de defesa não é uma temática restrita às forças armadas, mas à sociedade brasileira como um todo, já que suas análises são fundamentais para garantir os acordos internacionais que o Estado brasileiro é signatário. 

Souza lamenta que verificamos nos atuais posicionamentos do Governo Federal a ruptura de preceitos tão caros à nossas relações internacionais tais como principio do “pacta sunt servanda” que significa “os acordos devem ser cumpridos”, bem como aqueles estabelecidos na Constituição Cidadã de 1988: I – Independência Nacional; II – Prevalência dos Direitos Humanos; III – Autodeterminação dos povos; IV – não – intervenção; V – Igualdade entre os Estados; VI – Defesa da Paz; VII – Solução pacífica dos conflitos; VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X- concessão de asilo político. 

Estes princípios, conclui Souza, “não são apenas elementos normativos, são valores que nossos alunos recebem, aprendem e passam a defender para a consolidação de uma sociedade democrática e que busca promover a justiça social, que infelizmente parece que estamos abandonando e regredindo e, lamentavelmente, destruindo os preceitos constitucionais”.


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