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Independente dos dados da pandemia, é necessário seguir atento com a evolução dos casos da dengue
Independente dos dados da pandemia, é necessário seguir atento com a evolução dos casos da dengue
Uma pesquisa divulgada hoje pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e pela biofarmacêutica Takeda revelou que 31% dos brasileiros acreditam que a dengue deixou de existir durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Essa percepção, no entanto, contrasta com os dados do Ministério da Saúde, que apontou crescimento de 43,5% no número de casos de dengue, considerando-se as seis primeiras semanas deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.
Além dos 31% que acreditam que a dengue deixou de existir na pandemia, outros 22% disseram que o risco com a doença diminuiu.
Entre as razões apontadas para as duas situações, 28% disseram não ter ouvido falar mais na doença e 22% responderam que “toda doença agora é covid-19” e não há casos de dengue.
Para os pesquisadores, o fato da população brasileira considerar que a doença deixou de existir durante a pandemia pode levar ao relaxamento das ações de controle e de prevenção, aumentando o risco de se contrair a doença.
“Essa realidade revelada pela pesquisa é preocupante. Com a urgência da pandemia da covid-19, muitas doenças infecciosas, como as arboviroses (dengue), foram colocadas em segundo plano e até esquecidas. Precisamos retomar a discussão e os cuidados com a dengue”, alertou Alberto Chebabo, médico infectologista e presidente da SBI.
Mais dados
Entre os brasileiros consultados, 30% afirmaram já ter tido dengue e 70% disseram conhecer alguém que já teve a doença.
Entre os que já tiveram a doença, pouco mais da metade (55% do total) afirmou ter feito alguma mudança em sua casa para evitar a proliferação do mosquito, tal como aumentar a limpeza do quintal, evitar deixar água parada em vasos de plantas e aumentar o cuidado com a água parada.
Desconhecimento
Apesar de a pesquisa ter apontado que o brasileiro conhece a doença, ainda há desconhecimento sobre como ela se desenvolve e suas formas de prevenção e de transmissão.
A forma de contágio, por exemplo, não é totalmente conhecida pela população: 76% acertaram, dizendo que ela decorre da picada de mosquito, mas 8% disseram não se lembrar de como ocorre a transmissão e 4% mencionaram que ela ocorre de pessoa para pessoa – o que não acontece.
Além disso, seis em cada dez entrevistados (59%) não sabiam quantas vezes uma pessoa pode contrair a doença.
Apenas 2% reconheciam que se pode pegar dengue até quatro vezes, já que só existem quatro subtipos de dengue: quem já teve dengue causada por um tipo do vírus não registra um novo episódio da doença com o mesmo tipo.
Em Franca
Em Franca, segue o trabalho de combate e prevenção para evitar o aumento no número de casos e de focos do mosquito.
Havendo suspeita de larvas, a recomendação é para que as pessoas entrem em contato pelos telefones 3711-9408 ou 9415.
Cuidados
Os indicativos de campo registrados pelos agentes de vetores, apontam que cerca de 80% dos focos do mosquito são encontrados nas moradias das pessoas.
Isso mostra que o papel de cada morador é essencial, adotando medidas como:
– Retirar todos os materiais que possam acumular água no quintal
– Deixar a caixa d’água limpa e vedada
– Verificar os locais para escoamento da água pluvial, principalmente calhas e ralos
– Não usar pratos nos vasos de plantas ou colocar areia
– Vistoriar, semanalmente, toda a residência ou comércio para eliminar potenciais focos
– Limpar a bandeja externa das geladeiras (se houver)
– Cobrir bem todos os reservatórios de água.