SP adia início das aulas para 8 de fevereiro após piora da pandemia no Estado

  • Nene Sanches
  • Publicado em 22 de janeiro de 2021 às 18:00
  • Modificado em 22 de janeiro de 2021 às 20:09
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Professores e funcionários devem comparecer já na primeira semana do mês para atividades de formação sobre os protocolos sanitários

Nenhuma criança será obrigada a ir para as aulas neste primeiro momentoFoto: Arquivo/Jornal da Franca

O agravamento da pandemia em São Paulo levou o governador João Doria (PSDB) a adiar em uma semana, para 8 de fevereiro, o início das aulas presenciais na rede estadual de ensino.

As aulas nas cerca de 5.000 escolas estaduais de São Paulo teriam início em 1º de fevereiro. Professores e funcionários da educação, no entanto, devem comparecer presencialmente já na primeira semana do mês para atividades de formação sobre os protocolos sanitários.

Doria decidiu também que o estado não vai obrigar os alunos a irem para a escola durante as fases mais restritivas da pandemia, a laranja e a vermelha. As informações são da repórter Isabela Palhares, da Folhapress.

As escolas públicas e particulares poderão funcionar presencialmente com até 35% dos estudantes nessas fases, mas, ao contrário do que havia anunciado anteriormente, as famílias poderão optar por enviar ou não as crianças.

Apesar do adianto na rede pública estadual, Rossieli Soares, secretário de Educação da gestão Doria (PSDB), autorizou a reabertura das escolas privadas em 1º de fevereiro.

“Está mantida a autorização para a escola particular que já tinha programado o seu calendário para iniciar em 1º de fevereiro”, disse, em coletiva à imprensa, nesta sexta-feira (22).

O governo de São Paulo foi um dos primeiros no país a classificar as escolas como serviço essencial para que possam permanecer abertas em qualquer momento da pandemia, mesmo em situações mais críticas, como a que vive o estado atualmente.

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Ainda no sábado (16), o secretário Soares, tinha aprovado deliberação do Conselho Estadual de Educação que determinava como obrigatória a oferta e presença dos alunos em 1/3 das atividades presenciais letivas deste ano. A regra estabelecia ainda que elas deveriam acontecer em todos os meses letivos a partir de fevereiro.

Segundo o secretário, a regra será alterada para que a obrigatoriedade não valha durante as fases laranja e vermelha.

“Essa regra não valerá neste momento. Não haverá obrigatoriedade nessas situações, mas a escola pode e deve abrir. Escolas não são locais vetores para a pandemia”, disse Soares.

Só nos 21 primeiros dias deste ano, o aumento de casos no estado foi de 42% ante o mesmo período de dezembro passado. Morreram 39% mais pessoas de Covid-19 também neste intervalo. Foram 62 mil novos diagnósticos e 1.100 óbitos.

Em dezembro, o governador publicou decreto autorizando a reabertura das escolas a qualquer momento da pandemia. Na ocasião, ele disse que o funcionamento presencial das instituições de ensino seria a prioridade deste ano.

 


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