Setor calçadista diz que aprovação da MP 936 pode ajudar na recuperação

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de junho de 2020 às 14:04
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:51
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Em Franca, com a pandemia do coronavirus, mais de 10 mil trabalhadores perderam o emprego

Empresários do setor calçadista francano e de outros pólos do país comemoraram a decisão do Senado Federal que aprovou a Medida Provisória 936, uma pauta do setor industrial brasileiro para assegurar postos de trabalho em meio à pandemia do novo coronavírus. 

Os empresários francanos bem como as entidades representativas como Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca) e Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados) ressaltaram que a Medida dá uma tranquilidade maior ao setor. 

Em Franca, com a pandemia do coronavirus, já ocorreram demissões em massa. Mais de 10 mil trabalhadores perderam o emprego; outros fizeram acordo e a situação é extremamente caótica. No país, a Abicalçados relata que foram mais de 36 mil postos de trabalho em função do alastramento da Covid-19. 

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, comenta que, desde que foi decretada, a medida tem auxiliado o setor calçadista brasileiro na preservação de postos de trabalho e que a aprovação trouxe alívio para a atividade. 

“Mais de 70% das empresas do setor utilizaram a MP 936 em algum momento, especialmente no que diz respeito à redução da jornada de trabalho, com redução proporcional do salário, e a suspensão do contrato por tempo determinado”, afirma. 

Além da MP original, foi aprovada na noite de ontem a possibilidade de o Governo Federal ampliar os prazos de suspensão ou redução da jornada de trabalho sem precisar passar por novas votações nas casas legislativas.

Também foi aprovado o prosseguimento da desoneração da folha de pagamentos até dezembro de 2021 – mecanismo que permite a substituição do pagamento de 20% sobre a folha de pagamentos por 1,5% do faturamento, excluindo as exportações. 

“Agora, a nossa expectativa é de que a medida seja sancionada pela Presidência sem nenhum veto. Não podemos regredir!”, conclui o dirigente


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