São Paulo fará teste para avaliar circulação da covid-19 na rede estadual

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 7 de outubro de 2020 às 18:44
  • Modificado em 7 de outubro de 2020 às 18:44
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Serão submetidos ao teste 10 mil alunos e 9,3 mil servidores

A partir da próxima terça-feira (13), o governo de São Paulo vai começar a testar 10 mil alunos e 9,3 mil servidores para avaliar a incidência do novo coronavírus nas escolas da rede estadual de educação.

Os testes serão feitos por meio do exame de RT-PCR, que identifica o vírus de forma ativa, e não por exame sorológico, que identifica a presença de anticorpos. Os testes serão feitos inclusive em pessoas sem sintomas. 

“Quando se faz o exame de RT-PCR se identifica, nesse momento, como está a circulação do vírus na região. O exame sorológico diz o que aconteceu no passado. Dessa maneira, entendemos que fazer o RT-PCR nos sintomáticos leves, e pesquisar também nos assintomáticos, pode nos permitir identificar maior circulação do vírus em determinada região. Essa medida [de fazer o exame RT-PCR] faz com que exista possibilidade de monitorar em tempo real a circulação do vírus”, disse Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde de São Paulo.

Inicialmente, os testes serão feitos em alunos e profissionais de 100 escolas, distribuídas em 20 cidades de diversas regiões do estado. Segundo o governo, as escolas participantes serão escolhidas por meio de sorteio. Em cada uma dessas escolas serão feitos testes em 100 alunos e em todos os seus servidores.

Volta as aulas
O retorno às aulas presenciais aconteceu nesta quarta-feira (7) em São Paulo. Mas ela é feita de forma opcional e somente para alunos do ensino médio ou alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). 

Para que a volta às aulas ocorra, no entanto, é preciso aprovação do prefeito.  Para os alunos do ensino fundamental a volta às aulas presenciais só deve ocorrer a partir do dia 3 de novembro.

Desde o dia 8 de setembro, o governo paulista já autorizou o retorno de aulas presenciais de reforço e de recuperação, cabendo a cada prefeito decidir se vai seguir ou não o cronograma do estado. A medida vale tanto para as escolas da rede pública quanto privadas.

Segundo a Secretaria Estadual da educação, 904 escolas em 219 municípios paulistas já estão ofertando atividades de reforço e recuperação, atendendo cerca de 200 mil estudantes. Só na capital paulista são 304 unidades retomando as atividades presenciais, segundo balanço da Secretaria Estadual da Educação.

A reabertura deve respeitar limites máximos de alunos e protocolos sanitários. Nas redes privadas e municipais, a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental podem ter até 35% dos alunos por dia em atividades presenciais. 

Para os anos finais dos ensinos fundamental e médio, o limite máximo é de 20%. Nas escolas estaduais, só é permitido o atendimento de até 20% em todas as etapas.


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