Pacientes imunodeficientes podem se vacinar contra Covid; Veja aqui as recomendações

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 25 de janeiro de 2021 às 18:30
  • Modificado em 26 de janeiro de 2021 às 12:34
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Especialistas alertam que os imunodeficientes precisam ter indicação médica para receber a vacina contra Covid-19

Em nota divulgada no fim da última semana, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) informou que pessoas com imunodeficiências podem ser vacinadas contra a Covid-19, desde que haja indicação médica.

A entidade, de acordo com informações da revista “Crescer”, reforçou a importância da imunização e explicou que não há risco de contrair a doença por meio das vacinas já aprovadas pela Anvisa.

A associação afirma que vacinas produzidas a partir de agentes infecciosos vivos, como a BCG e a tríplice viral, não são seguras e nem recomendadas para pessoas com imunodeficiências.

Mas esse não é o caso das que atuam contra o novo coronavírus e estão começando a ser aplicadas no Brasil e no mundo.

“Nenhuma das vacinas contra a Covid-19 que vêm sendo aplicadas no mundo é composta de vírus vivo e atenuado. Por isso, a princípio, os pacientes com EII, assim como o resto da população, não tem risco de contrair a doença pelas vacinas. Os pacientes com EII estão sujeitos, assim como todas as pessoas, aos efeitos colaterais das vacinas, que não têm se demonstrado graves”, diz o comunicado.

Apesar da recomendação, a ASBAI alerta que a decisão de se vacinar ou não, para pacientes com EII, deve ser feita juntamente com o médico.

“O que se divulga na imprensa são os dados sobre a eficácia das vacinas, sua capacidade de proteger da covid-19, que foi estudada em pessoas saudáveis. Os estudos não são feitos em pessoas com problemas de imunidade. Além disso, sabemos que alguns pacientes com EII não respondem bem a vacinas. Mas, muitas vezes, vale a pena aplicar assim mesmo”, complementa a nota.

Imunodeficiência é um grupo de doenças, caracterizadas por um ou mais defeitos do sistema imunológico.

Ela é dividida em duas categorias: imunodeficiências primárias ou congênitas e imunodeficiências secundárias ou adquiridas.

O segundo — mais frequente — é constituído por defeitos não hereditários, mas secundários a outras condições, como, por exemplo, desnutrição e infecção pelo HIV (vírus causador da Aids), doenças autoimunes ou parasitárias.

Ainda segundo a entidade, caso o imunologista não libere a aplicação para o paciente com imunodeficiência, é ainda mais importante que todos os membros da família sejam imunizados.


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