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Além da guerra de narrativas contra e a favor das medidas de combate à pandemia, começou agora uma guerra de liminares.
Enquanto alguns defendem a liberdade de ir e vir, outros defendem a necessidade de se manterem vivos.
Enquanto alguns acreditam que a abertura dos estabelecimentos que oferecem atividades essenciais não prejudica as pessoas, outros acham um absurdo a possibilidade de aglomeração e mais contaminação.
A população está dividida numa guerra de narrativas contra a abertura dos estabelecimentos ou a favor da abertura do que consideram essencial.
O poder público municipal, responsável pelas normas, justifica a adoção das medidas como uma necessidade de defender vidas.
A Prefeitura alega também que o dinheiro é finito e chegará um momento em que todo o dinheiro do mundo não vai dar conta de instalar leitos ou hospitais.
Diz também que não tem mais mão de obra especializada para manter o funcionamento de UTIs.
Um dos argumentos é a fila de espera por uma vaga na UTI, sem perspectiva de que elas surjam, a não ser com a vaga por mais mortes.
Enfim, esgarçou tudo.
Enquanto alguns defendem a liberdade de ir e vir, outros defendem a necessidade de se manterem vivos.
Quem observa, nem sempre à distância, percebe que todos estão com a razão. E todos estão errados. Depende de que ponto se olha.
A vida passou a ser uma espécie de roleta russa: nunca se sabe com quem se está falando e se está se falando com alguém contaminado. Da contaminação para frente, tudo passa a ser um lance de sorte. Ou de destino.
Muitas dúvidas, muitas certezas, todos certos, todos errados e a pandemia não dá sinais de que vá ceder com base nas narrativas.
Pode ser que a pandemia ceda, mas com muita determinação, muita abnegação, muito desprendimento e, acima de tudo, muito trabalho orientado por muita inteligência.