Falta mão de obra e empresas formam profissionais em escolas e faculdades próprias

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 4 de julho de 2022 às 14:00
  • Modificado em 4 de julho de 2022 às 14:15
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Os alunos colocam em prática o que aprendem em sala de aula e com isso têm acesso mais fácil ao mercado de trabalho.

 

Companhias de diferentes ramos como BTG, Weg, Hospital Albert Einstein e XP têm algo em comum: estão formando profissionais para suprir a escassez de mão de obra qualificada no mercado, informa Juliana Pio, em matéria publicada no Estadão.

Seguindo tendência dos EUA e de países europeus, empresas apostam na criação de faculdades ou escolas técnicas certificadas pelo MEC, as “employers universities”.

O ensino entra para o leque de benefícios das companhias e figura entre os compromissos ESG. Os alunos colocam em prática o que aprendem em sala de aula e têm acesso mais fácil ao mercado de trabalho.

“O futuro da educação envolve o aprendizado integrado ao trabalho”, diz Brandon Busteed, especialista em educação.

Investimento

A XP, por exemplo, anunciou o lançamento de cinco cursos universitários sem mensalidade. A formação, totalmente gratuita, contou com um investimento de mais de R$ 100 milhões, segundo noticia do portal Yahoo Finanças.

A companhia diz que o objetivo da XP Educação é oferecer um modelo de ensino inovador capaz de entregar ao mercado os melhores talentos profissionais do Brasil. A cada semestre, o plano da XP é abrir 400 vagas, por meio de um edital.

Também na indústria

Emprego de novas tecnologias nos meios de produção, internacionalização das relações econômicas provocadas pelo fenômeno da globalização, e novas formas de gestão nas empresas são fatores que contribuíram para mudanças profundas na estrutura do mundo do trabalho a partir da década de 80.

Essas transformações fizeram com que o mercado exigisse uma classe trabalhadora qualificada e com formação técnica, que estivesse preparada para operar equipamentos modernos e tecnologia avançada.

Como resposta a esse novo perfil profissional, as instituições que compõem a rede federal de educação profissional e tecnológica passaram a diversificar programas e cursos, com o objetivo de suprir a demanda por mão de obra qualificada de setores do país que crescem com mais força, como o de serviços e alguns segmentos da indústria.


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