Falta de remédios e até de soro fisiológico faz cirurgias e exames serem adiados

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 1 de agosto de 2022 às 08:00
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Pesquisa mostra que a maioria dos estabelecimentos, principalmente hospitais, está com dificuldades de adquirir os medicamentos

O Brasil vive uma crise de desabastecimento de remédios e insumos utilizados em cirurgias e exames que está fazendo com que milhares de procedimentos sejam comprometidos.

A notícia foi divulgada pelo Jornal da Franca em junho deste ano. Desde lá a crise de falta de remédios só piorou.

De acordo com uma pesquisa recente divulgada pela CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde), das 14 unidades da federação que responderam ao questionário, todas estavam em falta de algum medicamento ou insumo básico, como soro fisiológico, por exemplo.

“Se reportarmos desde o início da pandemia, nós temos vivido vários momentos com falta de alguma classe de insumo médico. Agora, quando chegou, enfim, em 2022, em fevereiro, os secretários municipais emitiram uma nota falando sobre a dificuldade de comprar alguns produtos”, afirma o presidente da CNSaúde, Breno Monteiro. A declaração foi dada ao portal R.7

Problema grave

E complementa: “No [setor] privado, isso demorou um pouco mais a chegar, até que em junho nossos associados começaram a reportar esse problema grave”.

A pesquisa mostrou que a maioria dos estabelecimentos, principalmente hospitais, está com dificuldades de adquirir os medicamentos neostigmina (50,5%), aminofilina (41%), metronidazol bolsa (41,9%), amicacina injetável (40%), atropina (49,5%), dipirona injetável (62,9%) e outros (32,5%).

De acordo com dados do SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo), no período de 1º a 14 de julho 67 hospitais privados também relataram falta de medicamentos, sendo que apenas cerca de 10% das instituições não estavam enfrentando esse déficit.


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