4 fatores aumentam risco de pessoas vacinadas pegarem covid, diz estudo. Veja aqui

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 17 de setembro de 2021 às 06:30
  • Modificado em 17 de setembro de 2021 às 08:29
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Duas semanas após receber a 2ª dose da vacina contra covid-19, os efeitos protetores da vacinação estão no auge e você está totalmente vacinado

Pessoas vacinadas têm menos probabilidade do que pessoas não-vacinadas de serem hospitalizadas com covid

Duas semanas após receber a 2ª dose da vacina contra covid-19, os efeitos protetores da vacinação estão no auge e você está totalmente vacinado.

Se você ainda tiver covid-19 depois disso, você sofreu uma infecção “breakthrough” (quando uma pessoa é infectada mesmo tendo recebido vacina contra uma doença).

Em termos gerais, as infecções breakthrough são semelhantes às infecções comuns de covid-19 em pessoas não-vacinadas — mas existem algumas diferenças.

Confira aqui o que você deve observar, caso tenha recebido as duas doses da vacina.

De acordo com o estudo Covid Symptom Study, os cinco sintomas mais comuns de uma infecção breakthrough são dor de cabeça, coriza, espirros, dor de garganta e perda do olfato.

Alguns desses sintomas são os mesmos sentidos por pessoas que não se vacinaram. Se você não foi vacinado, três dos sintomas mais comuns também são dor de cabeça, dor de garganta e coriza.

No entanto, os outros dois sintomas mais comuns em pessoas não-vacinadas são febre e tosse persistente.

Esses dois sintomas “clássicos” da covid-19 se tornam muito menos comuns depois que você recebe as vacinas.

Breakthrough

Um estudo descobriu que pessoas com infecções breakthrough têm 58% menos probabilidade de ter febre em comparação com pessoas não-vacinadas. Em vez disso, a covid-19 após a vacinação tem sido descrita como sensação de resfriado por muitos.

Pessoas vacinadas também têm menos probabilidade do que pessoas não-vacinadas de serem hospitalizadas caso tenham covid-19.

O motivo para a doença ser mais branda em pessoas vacinadas pode ser porque as vacinas, quando não bloqueiam a infecção, parecem fazer com que as pessoas infectadas tenham menos partículas de vírus em seu corpo. No entanto, isso ainda não foi comprovado.

O que aumenta o risco?

No Reino Unido, pesquisas descobriram que 0,2% da população — ou uma pessoa em cada 500 — sofre uma infecção breakthrough depois de totalmente vacinada. Mas nem todos correm o mesmo risco. Quatro fatores parecem contribuir para seu nível de proteção com a vacina.

1. Tipo de vacina

O primeiro é o tipo específico de vacina que você recebeu e a redução do risco relativo que cada tipo oferece. A redução do risco relativo é uma medida de quanto uma vacina reduz o risco de alguém desenvolver covid-19 em comparação com alguém que não foi vacinado.

2. Tempo desde a vacinação

O tempo decorrido desde a vacinação é importante. Pesquisas ainda não revisadas por outros cientistas, sugerem que a proteção da vacina Pfizer diminui ao longo dos seis meses após a vacinação. É muito cedo para saber o que acontece com a eficácia da vacina depois de seis meses da segunda dose, mas é provável que ela caia ainda mais.

3. Variantes

Outro fator é a variante que você está enfrentando. As reduções no risco foram calculadas contra a forma original do coronavírus. Ao enfrentar a variante alfa, os dados sugerem que duas doses da vacina Pfizer são menos protetoras. Contra a delta, o nível de proteção cai ainda mais, para 88%. A AstraZeneca também é afetada. Em duas a quatro semanas após a segunda dose da Pfizer, você tem cerca de 87% menos probabilidade de ter sintomas de covid-19 ao enfrentar a variante delta. Depois de quatro a cinco meses, esse número cai para 77%.

4. Seu sistema imunológico

O seu risco dependerá de seus próprios níveis de imunidade e de outros fatores específicos como o grau de exposição ao vírus, que pode ser determinado pelo tipo de trabalho que você faz. A aptidão imunológica diminui com a idade. Condições médicas de longo prazo também podem prejudicar nossa resposta à vacinação.

Você precisa se preocupar?

As vacinas ainda reduzem muito suas chances de contrair covid-19. Elas também protegem em um grau ainda maior contra hospitalização e morte.

No entanto, é preocupante haver mais infecções breakthrough. A preocupação é que elas possam aumentar se a proteção da vacina, como se suspeita hoje, cair com o tempo.

Segundo a BBC News Brasil, o governo do Reino Unido está planejando dar uma terceira dose aos mais vulneráveis e também está considerando se os reforços devem ser dados mais amplamente ao resto da população.


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