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Pai, mãe, marido e filha da depiladora Mirela Machado foram contaminados. Infectologista explica que, mesmo em família, distanciamento é necessário para evitar infecções
Eurípedes dos Reis, 69, faleceu no último domingo, vítima do novo coronavírus
Um casal de idosos, um homem e uma jovem grávida da mesma família foram infectados pela Covid-19 em Franca.
O idoso, de 69 anos, morreu por complicações da doença. Sua filha, a depiladora Milara Machado, escapou do vírus, mas sofreu os impactos psicológicos de ver os familiares adoecerem.
“Justamente quando saiu a vacina, no dia da minha mãe e do meu pai tomarem, os dois já estavam gripados e um médico me aconselhou a não dar a vacina”, relembra Milara.
Milara acredita que o pai, Eurípedes dos Reis, e a mãe, Odete Maria, foram os primeiros infectados, já que o casal frequentava hospitais com frequência para tratar doenças cardiológicas.
Eles testaram positivo para Covid-19 e, dias depois, sua filha e seu marido também receberam o diagnóstico.
“Creio eu que veio do meu pai e da minha mãe, porque eles ficaram doentes primeiro. Os dois são cardiopatas e meu pai tratava dos rins também”.
“Meu marido fez o teste, ele estava infectado, e depois minha filha também fez e deu. Eu paguei dois exames e fiz, mas deram negativo”, conta.
Eurípedes e Odete precisaram ser internados devido ao agravamento da doença. Ela ficou cinco dias na enfermaria e teve alta.
Ele, porém, precisou ser levado para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, após oito dias de tratamento, morreu no último domingo (11).
Contágio em família
O médico infectologista Rubens Pereira dos Santos afirma que a contaminação por Covid-19 dentro de uma mesma família ocorrem devido ao relaxamento das medidas sanitárias criadas para barrar o avanço do vírus.
“Dentro das casas, as pessoas acabam abaixando a guarda”.
“Um, dois, três dias antes dos sintomas, a pessoa já está transmitindo, e muitas vezes as pessoas não utilizam máscaras em casa, sentam muito próximas para conversar, e muitas vezes em ambiente fechado, o que facilita muito a transmissão”, explica.
Ainda segundo o infectologista, o uso de máscaras e de álcool em gel, além do distanciamento social, continuam indispensáveis mesmo dentro de ambientes familiares, principalmente quando não é possível evitar o contato.
“Toda vez que um familiar estiver com suspeita, no menor sinal que seja, o ideal é ficar em quarto separado, usar banheiro separado, evitar sentar próximo ao outro e ficar de máscara”, orienta.
*Informações G1