Dente morto: saiba o que causa o problema e como prevenir

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 10 de maio de 2025 às 08:30
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Traumas, cáries profundas e alimentação ácida podem levar à morte dental; especialista explica cuidados para evitar

Um dente morto nem sempre cause dor imediata, pode levar a problemas dentários graves – foto Arquivo

 

Você sabia que traumas e cáries não tratadas podem causar a morte dos dentes? Pois é. Cada dente possui um sistema interno complexo, formado por vasos sanguíneos e terminações nervosas.

Quando esse “coração” do dente, conhecido como polpa dental, sofre danos severos, ele pode perder completamente a vitalidade, como qualquer outro tecido vivo do corpo humano.

Segundo a dentista Anna Karolina Ximenes, da IGM Odontologia para Família, o processo é mais comum do que se imagina.

“A polpa dental é responsável por nutrir e manter o dente vivo. Quando há uma infecção profunda, geralmente causada por cárie ou algum trauma, esse tecido inflama e pode entrar em necrose. A polpa, então, “morre”, e o problema pode evoluir de forma silenciosa, até se transformar em algo mais grave”, explica.

Embora um dente morto nem sempre cause dor imediata, pode levar a problemas dentários graves se não for tratado.

Uma cárie que se aprofunda sem tratamento, por exemplo, pode contaminar o canal e levar à necrose do tecido.

“Quando o paciente chega ao consultório sentindo dor latejante, inchaço ou sensibilidade intensa a calor, frio ou doces, o dente já está pedindo socorro.” afirma Anna.

Causas do dente morto

Geralmente, o dente morto é resultado de má higiene bucal. Isso pode levar a cáries, que, se não tratadas, podem destruir lentamente o dente.

Porém traumas e até ingestão frequente de alimentos ácidos como refrigerantes, frutas cítricas e vinagres também podem desencadear um processo inflamatório grave.

“O trauma direto pode interromper o fluxo sanguíneo que nutre o dente, comprometendo a polpa, mesmo sem a presença de cárie”, alerta a dentista.

A especialista lembra que a negligência com esses sinais pode ter consequências sérias para a saúde. Além da dor e do mau hálito, uma infecção pode se espalhar para outras regiões do corpo.

“Já vi casos em que a bactéria saiu da boca e causou até complicações cardíacas. Por isso, a saúde bucal precisa ser tratada com a mesma seriedade da saúde geral”, reforça.

Como prevenir?

A melhor forma de evitar o problema é manter a saúde bucal em dia. Abaixo, a dentista listou os principais cuidados:

– Escovação correta, ao menos três vezes ao dia
– Uso diário do fio dental
– Redução de alimentos muito ácidos ou açucarados
– Consulta ao dentista a cada seis meses

“A maioria das necroses pulpares podem ser evitadas através da prevenção periódica. Ir ao dentista regularmente é tão importante quanto qualquer outro exame de rotina”, conclui a especialista.

Fonte: Alto Astral