Com corte do Ministério da Saúde, 12 médicos cubanos deixarão Franca até 2017

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  • Publicado em 23 de outubro de 2016 às 11:02
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:00
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Além de Franca, algumas cidades da região contam com os profissionais contratados para atender demanda

As jovens médicas Kirenia Gallo Pérez e Madalena Masó Ramos que atuam em Pedregulho

O Ministério da Saúde pretende reduzir em 35% a participação de médicos cubanos no programa Mais Médicos em três anos no Brasil. A meta do governo federal é que a quantidade de médicos da ilha caribenha atuando no programa passe de 11,4 mil para 7,4 mil nesse período. Só em 2017, o ministério pretende preencher 2 mil vagas por profissionais brasileiros.

Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a vinda dos profissionais cubanos correspondia, desde o princípio, a uma política temporária de saúde, e que a prioridade é contratar profissionais brasileiros. Caso as vagas não sejam preenchidas pelos brasileiros, porém, o programa continuará contratando médicos cubanos.

Com isso, até março de 2017, 12 médicos cubanos que atuam em Franca terão seus contratos de trabalho encerrados. O vínculo de três desses profissionais termina já no próximo mês de novembro.

Atualmente, a cidade conta com 15 profissionais do programa do Governo Federal, sendo 12 cubanos e outros três brasileiros, mas no último dia 26 de setembro, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), nos Estados Unidos, o Brasil manteve por mais três anos, a participação dos médicos da cooperação internacional no Programa, pretendendo aumentar a participação mais efetiva de brasileiros no Mais Médicos.

Além de Franca, várias pequenas cidades da região mantêm o programa conveniado, como Pedregulho, que contam com as jovens médicas Kirenia Gallo Pérez e Madalena Masó Ramos. No entanto, além destes, outros profissionais do programa não deverão ficar mais de três anos no Brasil. 

O salário desses profissionais é pago pelo Governo Federal. Já o município precisa dar a eles a moradia, alimentação, transporte e internet. “Tivemos uma experiência muito boa com eles, então a gente espera com a renovação do programa, que venha mais médicos para fazer essa atenção básica que é fundamental na prevenção de doenças”, ressaltou o secretário de Saúde de Franca, José Conrado Dias Neto.

Números
Os profissionais do Mais Médico trabalham em 4.058 municípios e 34 distritos indígenas. Segundo o Ministério da Saúde, 63 milhões de brasileiros foram beneficiados pelo programa.


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