Câncer de boca: saiba como identificar primeiros sinais da doença

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 31 de outubro de 2020 às 23:54
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 07:03
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O câncer bucal pode aparecer nos lábios, língua e bochechas. No início, pode ser confundido com aftas

No Brasil, o câncer de boca é o 5º tipo de câncer mais incidente entre os homens. Entre as mulheres, ocupa a 13º posição. 

A estimativa é de que mais de 15 mil novas pessoas tenham a doença entre 2020 e 2022.

Durante a primeira semana de novembro, o Ministério da Saúde reforça as orientações à população sobre o problema tanto no sentido da prevenção, como para a realização do diagnóstico precoce, que aumenta as chances de sucesso no tratamento.

O que é​

O câncer bucal, também chamado de câncer de lábio e cavidade oral, pode aparecer nos lábios, língua, bochechas, entre outros. No estágio inicial, pode ser confundido com aftas.

Os sintomas começam a se manifestar com a evolução da doença, como úlceras que não cicatrizam, dor, crescimento da lesão e sangramento. 

A depender do curso e estágio da doença, as pessoas afetadas podem ter comprometimento de áreas da face, necessidade de cirurgia mais invasiva, eventual perda de dentes, rouquidão, dificuldade para engolir, entre outros.

Embora a boca seja uma região de fácil acesso para o diagnóstico, evidências mostram que a maior parte dos casos de tumores malignos nessa região é diagnosticada de forma tardia, o que pode comprometer o tratamento. 

Por isso, a descoberta rápida da doença é primordial para o prognóstico favorável à qualidade de vida do paciente.

Fatores de risco​

Os casos de câncer de boca são mais comuns em homens a partir dos 40 anos. 

Os principais fatores de risco envolvem o consumo de tabaco (cigarro, narguilé), de bebidas alcoólicas em excesso, exposição ao sol na região dos lábios sem proteção e diagnóstico positivo para HPV.

Os sinais mais evidentes de alerta são feridas nos lábios e na boca que não cicatrizaram após 15 dias, manchas e placas vermelhas ou esbranquiçadas na boca e sangramentos sem causa conhecida na cavidade oral. 

Caso o paciente identifique qualquer sintoma da doença, deve procurar atendimento médico-odontológico.

“Se você tem alguma lesão indolor por um tempo já mais estendido, que ultrapasse 15 dias, você já tem que ficar atento”. 

“Além dos hábitos que você precisa adotar para prevenção: sempre que estiver exposto ao sol estar com proteção, como um chapéu que tenha aba para cobrir a face, a boca, lábios, e evitar o consumo excessivo de álcool e de tabaco”, orienta Sumaia Coser, técnica de saúde bucal do Ministério da Saúde.

Mais de 80 mil dentistas atendem hoje pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo mais de 53 mil na Atenção Primária à Saúde, atuantes nas Equipes de Saúde da Família e Atenção Primária. 

Os profissionais estão preparados para fazer o diagnóstico correto e orientar a população sobre o tratamento.

*Informações Metropóles


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