Calçados da Índia e do Camboja começam a crescer no Brasil e ameaçam indústria local

  • Roberto Pascoal
  • Publicado em 23 de maio de 2024 às 19:30
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Além dos tradicionais concorrentes, como chineses e vietnamitas, novos players vão surgindo

As importações de calçados seguiram em crescimento durante todo o quadrimestre, encerrando abril somando 12,86 milhões de pares e US$ 152,9 milhões, incrementos de 2,7% em volume e de 5% em receita.

No segregado de abril foram registradas quedas de 3,5% em volume e de 18% em dólares (2,54 milhões de pares e US$ 27,53 milhões). Dados muito expressivos para os calçadistas.

Mais concorrência

Porém, chamou a atenção a entrada de dois novos players asiáticos na lista de origens: Índia, de onde vieram 74,6 mil pares em abril, pelos quais foram pagos US$ 1,47 milhão, incrementos de 154,6% em volume e de 160% em receita).

O outro player é o Camboja, de onde partiram 54 mil pares em abril, pelos quais foram pagos US$ 887,3 mil, aumentos de 200% e 174,6%,  respectivamente, ante mesmo mês de 2023.

“A Abicalçados está monitorando a situação, mas possivelmente estamos tendo uma migração de indústrias intra-Ásia em busca de mão de obra barata e incentivos governamentais”, informa Ferreira.

No quadrimestre, as principais origens seguiram sendo os países asiáticos Vietnã (3,45 milhões de pares e US$ 70,38 milhões, incremento de 9% em volume e queda de 2% em receita); Indonésia (1,8 milhão de pares e US$ 30,38 milhões, incrementos de 54,4% e 28,5%); e China (5,56 milhões de pares e US$ 16,55 milhões, quedas de 19,5% e 17,7%).

Cabedais

Em partes de calçados – cabedais, palmilhas, solas, saltos etc -, as importações do quadrimestre somaram US$ 12,64 milhões, 43,2% mais do que no mesmo período do ano passado. As principais origens foram China, Paraguai e Estados Unidos.


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