Brasileiro nunca usou tanto o cartão de crédito; veja cuidados para não se endividar

  • Nene Sanches
  • Publicado em 24 de setembro de 2021 às 21:30
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Estimular um limite máximo e manter uma planilha com suas receitas e despesas são algumas dicas para usar o bem o cartão de crédito

Usar o crédito rotativo é um buraco sem fundo, porque são juros em cima de juros cobrados diariamente

Somente nos primeiros sete meses deste ano, os brasileiros já gastaram R$ 857 bilhões no cartão de crédito, um crescimento de 20% na comparação com janeiro a julho de 2019, no pré-pandemia, e maior valor da história para o período.

Esse movimento reflete a inflação acelerada, o aperto da crise econômica e também uma maior confiança dos bancos em conceder crédito após a implementação do cadastro positivo.

Para Nayara Boer, planejadora financeira e sócia da Renova Invest, as consequências do alto desemprego e da disparada de preços impactam diretamente esse uso maior.

“Há uma grande massa de pessoas que, por estarem mais apertados e por causa da inflação, acabam usando mais o cartão de crédito. Vai no supermercado e gasta muito mais, muitas vezes usam carteiras virtuais para pagar boletos e contas de consumo no cartão”, aponta.

Segundo o portal 6 Minutos, estimular um limite máximo para o cartão e manter uma planilha com suas receitas e despesas são algumas dicas para usar o bem essa forma de pagamento.

Nunca pague só o mínimo do cartão 

Entrar no rotativo é uma péssima ideia, já que esse é um crédito caríssimo. Portanto, o conselho aqui é nunca pagar o mínimo da fatura do cartão e rolar o restante para o próximo mês.

Está apertado? Tente conseguir um outro tipo de crédito no seu banco, com taxas mais baixas. O rotativo do cartão cobra taxas de juros de mais de 300% ao ano, enquanto que um crédito pessoal, por exemplo, oferece taxas médias de 80% ao ano.

“O rotativo é um buraco sem fundo, são juros em cima de juros cobrados diariamente. Se estou apertado, perdi o emprego, o ideal é buscar alternativas. É possível contratar crédito pessoal, que tem juros menores. Até o cheque especial, que também é um absurdo, tem taxas mais baixas”, explica Nayara.


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