Atenção com saúde das crianças deve ser redobrada no outono; veja o que diz médica

  • Teo Barbosa
  • Publicado em 24 de abril de 2022 às 09:00
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Otite, bronquite, rinite e quadros gripais estão entre as principais doenças da estação, que merecem atenção das famílias

A maior parte dessas infecções é causada por patógenos como os rinovírus, um dos responsáveis pelo resfriado comum

Com o início das quedas de temperatura típicas do outono, uma das grandes preocupações de pais e mães é a saúde das crianças. Entre as doenças mais comuns da estação estão otite, bronquite, rinite e quadros gripais. Geralmente são sanadas facilmente, mas até serem resolvidas por completo causam preocupação e noites em claro.

Essas doenças respiratórias aparecem com mais frequência entre maio e junho, quando o frio começa a se instalar junto com a queda da umidade do ar, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do País.

Segundo o portal Metroworldnews, uma condição chamada anticiclone subtropical do Atlântico Sul, que nessa época do ano contribui com ventos mais intensos e barra o avanço da umidade até essas regiões, explica o cenário.

De acordo com Shirley Pignatari, professora adjunta do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a instituição do trabalho e das aulas remotas, em decorrência da pandemia, trouxe como efeito paralelo uma nítida diminuição na frequência de todas as infecções de vias aéreas, particularmente dos resfriados comuns.

Diagnóstico laboratorial

Entretanto, com a vacinação em massa contra a covid-19 e o retorno presencial às atividades cotidianas, muitos pacientes voltaram a apresentar os quadros de resfriado usuais. Segundo a especialista, as manifestações clínicas podem ser semelhantes às apresentadas pela covid-19, o que implica na necessidade de diagnóstico laboratorial precoce.

Shirley aponta que a maior parte dessas infecções é causada por patógenos como os rinovírus, um dos responsáveis pelo resfriado comum, de intensidade variável e com sintomas típicos, com coriza, congestão nasal, dor ao engolir, rouquidão e tosse.

O vírus da influenza também tem um papel de destaque pela maior intensidade e gravidade dos sintomas, como febre alta, dores musculares e comprometimento de todo o sistema respiratório, do estado geral dos pacientes e da evolução para quadros de síndrome respiratória aguda grave.

A sazonalidade desses surtos torna a presença desses vírus corriqueira, com alto poder de transmissão. Assim, aplicação de soluções salinas nasais, hidratação e alimentação adequadas ainda são grandes aliados na prevenção e tratamento das crianças.


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