Reforma trabalhista facilitou processos para 40% dos empresários

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de outubro de 2018 às 14:51
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:05
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Levantamento com pequenos e médios empresários também apontou que para 50% deles não houve mudanças

De cada dez pequenos e médios empresários, quatro relataram que houve
melhora no processo de contratação e demissão de trabalhadores após a reforma
trabalhista começar a vigorar. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira,
15 de outubro, pelo Centro de Estudos de Negócios do Insper e pelo banco
Santander.

Segundo o estudo, 38,94% dos entrevistados afirmaram que a reforma trouxe
um impacto positivo ou muito positivo nas contratações e demissões.

Já 49,39% dos empresários disseram que não houve qualquer tipo de
influência com a reforma, enquanto 11,67% relataram que o impacto foi negativo
ou muito negativo. “Eu vejo esse dado como uma boa notícia, de que 40% dos
empresários consideram a mudança trazida pela reforma trabalhista como
positiva”, diz o professor do Insper Gino Olivares, responsável pelo
estudo. “O objetivo da reforma é de mais longo prazo. Seria ilusório
pensar que a simples mudança traria uma alteração de forma rápida na
contratação e demissão.”

Na análise detalhada por setores, a influência mais positiva foi
observada no comércio (41%). Em seguida, estão indústria (40%) e serviços
(36%).

Em vigor desde novembro do ano passado, a reforma alterou uma série de
pontos da legislação trabalhista. Ela determinou, por exemplo, a possibilidade
de demissão por comum acordo e a contratação de trabalho intermitente ou
esporádico. 

Confiança em queda

A pesquisa também apurou uma ligeira piora na confiança dos
empresários neste quarto trimestre. O Índice de Confiança dos Pequenos e Médios
Negócios (IC-PMN) recuou 1% em relação aos três meses anteriores, para 67,8
pontos. “O índice vinha crescendo, mas recuou na última leitura (do
terceiro trimestre). Agora parece haver uma estabilização”, afirma
Alexandre Teixeira, superintendente executivo do segmento de Negócios e
Empresas do banco Santander.

No recorte por setores, houve
aumento de 2,7% na confiança em serviços neste quarto trimestre, mas recuo de
2,6% na indústria e de 2,3% no comércio.

O levantamento foi realizado por meio de
entrevistas telefônicas com 1.320 pequenos e médios empresários de todo o país.


+ Trabalho