Adultos de hoje são 15 anos mais velhos que de gerações anteriores

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 23 de maio de 2018 às 02:14
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:45
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Pesquisa mostre que, mesmo com tantas facilidades, nossa saúde parece estar mais debilitada

Antes de ler essa reportagem, faça um
exercício rápido: tente comparar seu atual estado de saúde com o que seus pais
tinham na sua idade. Agora responda: qual geração é a mais “jovem”, a sua ou a
deles? Se você respondeu sem pestanejar que é a sua, saiba que pode estar
errado.

Segundo um novo estudo de
pesquisadores holandeses, os adultos de hoje estão 15 anos “mais velhos” que os
de antigamente.

Feito por cientistas do Dutch National
Institute for Public Health and the Environment, o trabalho incluiu a
análise de dados referentes à saúde de seis mil adultos de 20 a 50 anos,
coletados por um período de 25 anos, e concluiu que uma série de problemas, especialmente
pressão alta, sobrepeso e diabetes são mais comuns entre os adultos de
hoje. 

Os homens que têm 30 anos atualmente, por exemplo, estão 20% mais propensos a
apresentarem sobrepeso em relação aos da geração anterior. As mulheres que
possuem 20 anos, por sua vez, têm duas vezes mais chances de serem obesas do
que as que tinham a mesma idade 10 anos atrás. “As gerações mais
novas estão desenvolvendo hábitos piores que seus antecessores. Esses números
reforçam a necessidade de encorajar o aumento da atividade física e da dieta
balanceada nos adultos atuais”, disse Gerben Hulsegge, autor do relatório.

Cuidados com as crianças

E não são só os adultos que devem se
reeducar para mudar essa realidade. Vale lembrar que hábitos saudáveis podem –
e devem – começar a ser incentivados logo na infância.

Uma pesquisa da
Universidade Estadual Paulista (UNESP), feita com 2.720 adultos, concluiu que
os benefícios da prática esportiva nas crianças são estendidos até a vida
adulta. “Durante os exercícios físicos, o organismo queima a gordura extra que ficaria
acumulada na corrente sanguínea”, explicou o professor Rômulo Araújo Fernandes,
do Departamento de Educação Física da UNESP em Presidente Prudente, que
conduziu a pesquisa. “Assim, estimula o ganho de massa muscular e, por
consequência, previne a obesidade no futuro”, concluiu.


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