Peixes mortos, nada de água e risco de enchente são a realidade da represa

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de setembro de 2017 às 15:12
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:21
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O problema começou quando a Prefeitura abriu a comporta para medir a vazão da água

A diretoria da AEC/Castelinho confirmou em entrevista coletiva, na manhã deste sábado, a preocupação com a situação da represa existente há quase 50 anos no clube que está totalmente assoreada​.

O diretor Matheus Rodrigues falou sobre todos os problemas advindos dessa situação. Toneladas de peixes morreram e os outros animais que habitavam a represa e o entorno foram embora, reduzindo a fauna do local a praticamente zero.

Além disso, deixando de receber águas pluviais, por conta do assoreamento, a represa não ajuda a controlar a vazão para o Córrego Cubatão, principalmente na altura do Posto Galo Branco, possibilitando que haja enchentes.

O problema começou, segundo a diretoria, quando a Prefeitura pediu, não última sexta-feira, para abrir a comporta para medir a vazão da água. Porém, na hora de fechar, não foi possível e a água praticamente toda foi drenada.

No desespero, dois funcionários do Castelinho tentaram salvar parte dos peixes e por pouco não foram sugados pela força da água. Seria o desfecho e a conclusão de um serviço pessimamente conduzido pela Prefeitura de Franca no quesito planejamento.

Além da entrevista, a diretoria do Castelinho publicou nota, neste sábado, dando sua versão dos fatos:

A Diretoria da AEC Castelinho vem a público esclarecer os incidentes ocorridos nesta sexta-feira, dia 15. São três partes envolvidas, AEC Castelinho, Prefeitura Municipal de Franca e loteamentos vizinhos.

O Promotor de Meio Ambiente, Dr. Fernando Martins, determinou que a Prefeitura fizesse um estudo para o desassoreamento (limpeza) da represa. Na sexta-feira, dois funcionários da Prefeitura foram no clube e solicitaram, junto a chefia de manutenção, a abertura de uma comporta para medir a vazão de água da represa. 

Após abrir, galhos, tocos, pneus, lixo e terra, que chegam na represa vindos dos loteamentos vizinhos, travaram a comporta. Para chegar próximo da estrutura danificada, era necessário o esgotamento da água. A finalização do trabalho de recuperação da comporta será na segunda-feira, dia 18.

Com relação aos dois funcionários do clube que entraram na represa com o objetivo de salvar os peixes maiores que estavam debatendo devido a água rasa, eles estão recebendo todo tipo de apoio da AEC Castelinho”.


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