Estatísticas: Trânsito no Brasil vitimou cerca de dez crianças por dia em 2017

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  • Publicado em 11 de outubro de 2018 às 15:37
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:05
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Seguro DPVAT revela que, das indenizações pagas para vítimas de 0 a 7 anos, 72% ficaram com sequelas

Na última sexta-feira, dia 12 de outubro, foi celebrado o Dia das Crianças. Além das comemorações, a data também deve serve para conscientizar a população sobre os cuidados com as crianças no trânsito. Dados da Seguradora Líder, administradora do Seguro DPVAT, chamam a atenção para um cenário preocupante sobre acidentes envolvendo os pequenos. No ano passado, foram 3.834 vítimas indenizadas, na faixa etária de 0 a 7 anos, em todo o país. Desse total, 72% passaram a conviver com algum tipo de invalidez permanente (aproximadamente 2,8 mil crianças). Outras 752 indenizações foram pagas para casos fatais.

Os dados revelam ainda que a maior incidência de acidentes são os atropelamentos: mais de 2,4 mil vítimas pedestres (cerca de 63% do total). Somente neste ano, de janeiro a setembro, cerca de 2,3 mil indenizações do Seguro DPVAT já foram pagas para meninos e meninas de 0 a 7 anos de idade vítimas de acidentes no Brasil. As crianças são um dos grupos mais vulneráveis a ocorrências no trânsito. Para o especialista em segurança no trânsito, Rodolfo Rizzotto, a frágil condição física, ainda em desenvolvimento, comum distração e dificuldade de percepção dos perigos enfrentados, mesmo acompanhado de seus responsáveis, são fortes facilitadores dos incidentes com pedestres dessa faixa etária.

“As crianças costumam repetir o comportamento de seus pais e familiares e sofrem as consequências disso. Quando os adultos não atravessam na faixa, não respeitam o semáforo ou não usam a passarela, a criança tende a repetir esses costumes”, alerta o especialista.

Com relação aos passageiros, atitudes como o não uso dos equipamentos de segurança e imprudência dos adultos ao volante acabam se tornando frequentes causas de acidentes envolvendo os mais jovens.

“Muitos pais e responsáveis não usam, por exemplo, os equipamentos obrigatórios, como a cadeirinha. As justificativas são variadas, mas a falta de uso do equipamento, inclusive de forma adequada, contribui para o agravamento dos acidentes”, reforça Rizzotto.

O DPVAT é um seguro de caráter social que indeniza vítimas de acidentes de trânsito, sem apuração da culpa. Ele pode ser destinado a qualquer cidadão brasileiro – motorista, passageiro ou pedestre. O seguro oferece três perfis de coberturas: morte (R$ 13.500), invalidez permanente (até R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e hospitalares da rede privada de saúde (até R$ 2.700).


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