Vendas do comércio crescem modestamente, mas mantêm a tendência de elevação

  • Roberto Pascoal
  • Publicado em 10 de maio de 2022 às 19:30
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Na comparação com março do ano passado, o indicador teve alta de 4%, resultado considerado bom

Na comparação com março do ano passado, o indicador teve alta de 4%, resultado considerado bom. Vendas de motos estão entre as mais elevadas no país

As vendas no comércio varejista brasileiro cresceram 1% em março ante fevereiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (10).

É o terceiro mês consecutivo de alta. Dessa forma, o setor fecha o primeiro trimestre com alta de 1,3% ante com o mesmo período de 2021.

Na comparação com março do ano passado, o indicador teve alta de 4%, de acordo com matéria da CNN Brasil publicada hoje.

Segundo o instituto, no comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas apresentou aumento de 0,7% na comparação com fevereiro.

Para o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a terceira alta consecutiva chama a atenção, já que isso não acontecia desde maio a outubro de 2020 (cinco meses consecutivos), período de recuperação do comércio após as grandes quedas registradas na pandemia.

“Esses três meses de alta significam um trimestre forte, embora os crescimentos ainda não sejam homogêneos entre todas as atividades”, disse.

O que está vendendo

Na passagem de fevereiro para março, seis das oito atividades apresentaram alta. As principais altas foram em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e para outros artigos de uso pessoal e doméstico, com altas de 13,9% e 3,4%, respectivamente.

Neste último, Cristiano afirmou que houve boa contribuição das lojas de departamentos.

“As grandes varejistas começaram a ensaiar uma retomada das lojas físicas, com expansão principalmente no Nordeste e Norte, mas em todo o país”.

Já no setor de material de escritório e informática, o movimento é de reposicionamento após alguns meses de queda, informou o especialista.

“Captou-se grandes promoções, já que o dólar não valorizou ante o real no período, pelo contrário. Com isso, artigos dessa natureza costumam ficar mais acessíveis”, justifica Cristiano.

Outros setores que apresentaram alta em março foram livros, jornais, revistas e papelaria (4,7%), combustíveis e lubrificantes (0,4%), móveis e eletrodomésticos (0,2%) e tecidos, vestuário e calçados (0,1%).

Já hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram redução de 0,2% no volume de vendas e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria queda de 5,9%.


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