Gás de cozinha tem novo aumento nas distribuidoras a partir desta segunda-feira (14)

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 14 de junho de 2021 às 14:30
  • Modificado em 14 de junho de 2021 às 19:22
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O preço médio de GLP sofreu reajuste de 5,9% nas distribuidoras, passando para R$ 3,40 por kg, o que representa aumento médio de R$ 0,19 por kg

gás de cozinha

Aumento no preço do gás de cozinha foi anunciado pela Petrobras na última sexta-feira, 11

A partir desta segunda-feira (14) o preço do gás de cozinha está mais caro.

O preço médio de GLP sofreu reajuste de 5,9% nas distribuidoras, passando para R$ 3,40 por quilograma (kg), o que representa aumento médio de R$ 0,19 por kg.

A Petrobras anunciou o aumento na última sexta-feira (11).

Antes deste último aumento, o botijão de 13 kg já podia ser encontrado por mais de R$ 100 na cidade de São Paulo.

Na região Norte da capital, por exemplo, o preço chegava a R$ 113.

Inflação – alta nos preços é geral

Em maio, o preço do gás de cozinha subiu 1,24%, em média, em todo o Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já o gás encanado teve aumento de 4,58%.

Este não é o primeiro reajuste do gás de cozinha no ano. Em janeiro, a Petrobras elevou o preço em 6%.

No mês seguinte, a alta foi de 5,1%. Em março, um novo reajuste médio de R$ 0,15 por quilo foi anunciado e, em abril, o aumento foi de 5%.

Percentual

Vale dizer que a conta de luz subiu 5,73% e a conta de água e esgoto teve aumento de 1,61%, o grupo Habitação foi o que teve mais impacto no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em maio, sendo responsável pelo incremento de 0,28 percentual.

No mês passado, a inflação oficial do Brasil avançou 0,83%, a maior taxa para o mês desde 1996.

Na última sexta, a Petrobras também anunciou redução de 2% da gasolina nas refinarias, no sábado (12). O preço médio do diesel, por sua vez, não sofrerá alterações.

Taxa

“Importante reforçar o posicionamento da Petrobras, que busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais”, afirmou a companhia, em comunicado..

A nota diz que “os preços seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”.

A Petrobras reforçou ainda que os valores praticados nas refinarias são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo.

A empresa lembra que até chegar ao consumidor são acrescidos “tributos federais e estaduais, custos para envase pelas distribuidoras, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores”.

Perspectiva

Para quem se pergunta se o preço do gás vai cair, o cenário não é tão animador assim.

Primeiro, temos que entender os fatores que determinam o preço do gás no Brasil. O economista e professor da FGV-RJ (Fundação Getulio Vargas) Mauro Rochlin conversou com o CNN Brasil Business para explicar a formação de preço do combustível.

O gás de cozinha ou encanado é um derivado do petróleo. Portanto, o preço do combustível fóssil é o principal fator para a formação de preço do botijão. E é aí que a coisa começa a ficar complicada.

O barril do petróleo Brent era negociado a US$ 72,40 nesta quinta-feira, muito próximo do patamar pré-pandemia –em 20 de maio de 2019, a cotação alcançou US$ 72,83. No período mais agudo da recente crise econômica, o preço do barril do Brent chegou a afundar para US$ 22,74.

Petróleo

Portanto, se o petróleo está mais caro, o gás na sua cozinha também ficará.

Ainda é preciso considerar que a commodity é negociada em dólares. Hoje, cada dólar vale cerca de R$ 5.

É verdade que o real está se valorizando ante a moeda norte-americana, mas a alta do preço do petróleo vem anulando este que seria um fator positivo no preço do gás.

O governo interveio e zerou a alíquota de PIS e Cofins que incide sobre o gás de cozinha, mas a redução no preço não chegou ao consumidor porque as empresas aproveitaram para ter alguma margem de lucro.

“Muitas companhias já avisaram que, analisando a planilha de custos, não poderão repassar a queda do imposto, ou seja, a medida só vai ajudar a aumentar a lucratividade das distribuidoras”, disse, em março, o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo (Asmirg), Alexandre Borjaili.

(Com informações da CNN Business)


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