Grito de socorro de pequenos mercadinhos francanos nos bairros da periferia

  • Teo Barbosa
  • Publicado em 30 de maio de 2021 às 09:00
  • Modificado em 30 de maio de 2021 às 13:59
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Grande parte das vendas não chega a R$ 50,00, porque são vendas miúdas, feitas por quem não tem cartão e depende do  dinheiro do dia a dia

Os pequenos estabelecimentos dos bairros periféricos reclamam que não têm condições de competir no delivery com os grandes supermercados

O lockdown criou uma situação inusitada para os pequenos estabelecimentos varejistas de alimentos.

Principalmente os situados nos bairros da periferia mais distante do centro da cidade.

Adotado pela Prefeitura Municipal para tentar contar a proliferação do coronavírus, o lockdown proíbe a abertura das lojas, mas permite o funcionamento por delivery.

Um pequeno empresário fez contato com a reportagem do Jornal da Franca para expor seu caso.

Pequeno estabelecimento na região Norte de Franca, ele não tem estrutura para atender exclusivamente pelo sistema de entrega, porque nem mesmo tem funcionários para isso.

Além do mais, citou que sua margem é tão pequena para competir com os grandes que ele não suporta fazer a entrega sem cobrança.

E os clientes não querem pagar pela entrega, porque isso torna a compra desvantajosa.

O comerciante disse que não é contra a medida da Prefeitura, pois entende o momento.

“Temos de apoiar a medida porque envolve a proteção da vida das pessoas e a normalidade cotidiana”, diz o pequeno comerciante, salientando que a questão é buscar o meio termo para continuar funcionando.

Ele diz que a maioria dos pequenos comerciantes se sentiu prejudicado na concorrência com os grandes estabelecimentos que não cobram entrega a partir de R$ 40 ou R$ 60,00 em compras.

“A grande parte das vendas nos nossos estabelecimentos não chegam a R$ 50,00, porque são vendas miúdas, feitas a toda hora por quem não tem cartão e depende do  dinheiro do dia a dia”, disse o empresário.

Ele citou também o caso de um conhecido dono de estabelecimento que vende bebidas, com tira-gosto, e que também está fechado.

“Ele me falou que as pessoas têm necessidade das poucas doses e que não têm onde beber. Nesses locais, o argumento geralmente é a ameaça”.


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