Médico urologista esclarece mitos e verdades sobre a disfunção erétil. Veja detalhes

  • Robson Leite
  • Publicado em 25 de maio de 2024 às 20:00
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Urologista alerta para importância de manter hábitos de vida saudáveis para a saúde sexual e desmistifica os problemas de ereção

A disfunção erétil é uma condição que afeta cerca de 100 milhões de homens em todo o mundo e, aqui no Brasil, estudos apontam que a incidência chega a 50% na população acima dos 50 anos.

Mas apesar de ser uma condição comum, é importante identificar as causas para que o paciente tenha o tratamento mais adequado para o seu caso.

“Muitas vezes a origem dos problemas de ereção está no estilo de vida e nos hábitos de consumo do paciente como tabagismo, alcoolismo e má alimentação. Além disso, as doenças crônicas como diabetes e hipertensão, por exemplo, também podem estar associadas à disfunção erétil”, explica o médico urologista Ruimário Coelho, preceptor da residência em Urologia do Hospital de Clínicas da UFPR e diretor técnico do Uroville – Urologia Avançada.

“Além de manter os bons hábitos de vida, as medidas de prevenção da disfunção erétil também envolvem a prática regular de atividades físicas e uma boa rotina de sono”, complementa.

Testosterona

Em relação às causas da disfunção erétil, o médico alerta que são muitos os mitos sobre o tema, mas que já foram desmentidos pela ciência.

Os mais conhecidos estão relacionados ao uso de medicamentos para controlar a calvície e os baixos índices de testosterona.

“Nos dois casos, os estudos científicos já demonstraram que não há uma relação direta de causalidade. Existem pacientes em que a reposição hormonal é necessária, principalmente com o avanço da idade, mas isso não quer dizer que seja a causa da disfunção erétil de forma isolada”, explica Ruimário Coelho.

Outra preocupação do médico é em relação ao uso indiscriminado de medicamentos para ereção. Segundo um levantamento da plataforma Consulta Remédios, esse tipo de medicamento está entre os mais vendidos no país, chegando a liderar a lista ao longo de 2023.

Paliativos

“Apesar de serem eficazes, esses medicamentos servem apenas como paliativo e não resolvem a origem do problema. Por isso, o ideal é que o uso seja feito sob prescrição médica e de forma comedida, buscando tratar a causa da disfunção erétil para que o uso possa ser descontinuado com o tempo”, ressalta o médico.

O tratamento da disfunção erétil pode ser medicamentoso (inclusive para o controle de doenças crônicas associadas), reposição hormonal e até implantes.

Em muitos casos, os distúrbios sexuais estão relacionados a fatores psicológicos, o que também demanda um atendimento multidisciplinar com psicólogo e psiquiatra.


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