Lago de Furnas investe em segurança para dar mais tranquilidade aos visitantes

  • Teo Barbosa
  • Publicado em 13 de julho de 2022 às 08:00
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Após tragédia de janeiro, com queda de rocha em cânion, Capitólio aposta em segurança e espera que julho marque nova era de prosperidade

A represa da hidrelétrica de Furnas permitiu a criação do “Mar de Minas”, que se tornou a base da economia de 34 municípios do entorno. Mas, quase sete décadas depois, o complexo enfrenta um desafio para se manter como um dos principais pontos turísticos do estado de Minas.

A tragédia de janeiro, quando a queda de uma rocha em um dos cânions mais visitados do lago vitimou 10 pessoas, e um acidente entre barcos que resultou em mais duas mortes, em junho, trouxeram tristeza e comoção.

A comunidade luta para dar a volta por cima e demonstrar que os cânions, que fazem pulsar a economia da região, não podem ser motivo de medo. O esforço é apoiado por inquérito da Polícia Civil, que concluiu que o incidente em janeiro resultou de um evento natural, atestando não ter havido negligência com a segurança.

Capitólio em Movimento

Com base nessa conclusão, empresários criaram a Capitólio em Movimento, organização da sociedade civil cuja meta é alavancar o turismo na região.

Uma notícia do portal Estado de Minas diz que o fascínio pela região se deve em grande parte à beleza dos cânions, e moradores das cidades do Lago de Furnas reconhecem a importância deles.

Em torno dessas maravilhas da natureza gira o turismo, mas também é da represa que muitas famílias tiram o sustento, seja na atividade pesqueira, seja em postos de trabalho, desde a operação dos barcos às pessoas que atendem nos bares flutuantes, passando pelos que produzem a “bala do tropeiro”, lembrancinha para quem visita Capitólio.

Geólogos fazem vistorias diárias

Desde o incidente do início do ano, uma equipe de geólogos faz vistoria diária nos cânions mais visitados. Eles chegam por volta das 7h e percorrem toda a extensão dos paredões, no período de duas horas. Às 9h, a região se abre para a visitação.

Em um passeio de três horas, é possível conhecer, além dos cânions, atrações como a Lagoa Azul, a estrutura da hidrelétrica e barzinhos flutuantes.

“Já era superseguro. A gente aprimorou as medidas de segurança, com o monitoramento diário da entrada dos cânions por uma equipe de geólogos, fiscalização, uso de coletes, capacetes, atuação da Marinha na fiscalização e monitoramento da Defesa Civil. Está mais seguro do que já era”, diz Marco Antônio da Silva, proprietário da empresa de turismo FMS Capitólio.

Segundo ele, a expectativa é de que o movimento esteja normalizado no próximo verão, ou bem próximo do normal.

Aventura

Somada às belezas naturais, a aventura é uma das apostas para a retomada do turismo na região do Lago de Furnas.

Para isso, a receita é um misto de atrativos que combina canionismo, tirolesa, balonismo e outras atividades movidas a adrenalina.

Opções que permitem contemplar do alto o encanto dos cânions, com os diferentes tons de azul do Lago de Furnas.


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