Especialista explica distúrbios do sono em bebês e crianças

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 1 de dezembro de 2020 às 23:09
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 10:09
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Insônia, terror noturno e pesadelo podem ser decorrentes de fatores comportamentais diários

Os distúrbios do sono na infância são condições comuns que envolvem a dificuldade em iniciar o sono, mantê-lo ou quando a qualidade do descanso não é satisfatória. 

De acordo com a pediatra do Hospital Águas Claras, Carolina Arantes, os distúrbios mais comuns na faixa etária pediátrica são: insônia, sonambulismo, terror noturno, pesadelo, síndrome das pernas inquietas, bruxismo.

A Academia Americana de Medicina do Sono (AASM, na sigla em inglês) estima que 30% das crianças de até 12 anos passam por alguma desordem no sono. Os bebês apresentam ainda mais dificuldade. Segundo a AASM, 40% dos pequeninos não dormem bem.

“No caso da insônia, do terror noturno e do pesadelo, em sua maioria, são condições decorrentes de fatores comportamentais, como: aumento da ansiedade diurna, ociosidade das crianças e o aumento do tempo frente a telas eletrônicas. Estes fatores são determinantes para o aparecimento ou piora desses distúrbios”, afirma a pediatra.

Mesmo assim, Carolina Arantes relata que, em seu consultório, alguns casos de distúrbios do sono diminuíram devido ao maior contato das crianças com as famílias durante o período de pandemia. Isso proporcionou maior tranquilidade e segurança para elas.

Prevenção e tratamento
A médica destaca que, para prevenir o aparecimento dos distúrbios do sono ou diminuir sua recorrência, é preciso ter bons hábitos de vida. 

“Uma rotina é fundamental para o desenvolvimento infantil, pois diminui a ansiedade ao saber as atividades que serão executadas durante o dia. Além disso, rotina proporciona uma vida organizada em tempo e espaço para as crianças”, aconselha.

Carolina ainda ressalta a importância de não hiperestimular a utilização de eletrônicos. “Sabemos que é muito difícil nos tempos atuais não deixar as crianças terem contato com videogames e aparelhos eletrônicos móveis. Entretanto, é preciso estabelecer um tempo máximo diário para utilização das telas, ter momentos de diversão em família e bons hábitos alimentares”, aponta.

Para o tratamento de distúrbios do sono, a pediatra aconselha a procura de um profissional para auxiliar na mudança de comportamentos e hábitos relacionados a higiene do sono.