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Na América Latina, Chile, México e Argentina estão acima do Brasil em termos de renda média per capita.
À primeira vista, o Brasil tem um poder econômico impressionante. Medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) em dólares, de acordo com a paridade do poder de compra, o Brasil ocupa a 8ª posição entre as economias mundiais.
Mas o quadro é completamente diferente se dividirmos o poder econômico pela população, ou seja, se forem considerados o PIB per capita e a paridade do poder de compra, sendo contabilizados também os diferentes custos de vida nos países.
De acordo com esse método, o Brasil ocupa atualmente a 85ª colocação entre 195 países do mundo.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) acaba de publicar novos prognósticos, segundo as quais os brasileiros continuarão perdendo renda em relação ao resto do mundo até 2026, quando chegarão à posição 90.
O assustador dessas estatísticas, porém, é a perspectiva histórica: em 1980, o Brasil ainda ocupava o 50º lugar entre os países do mundo, segundo a renda per capita de sua população.
Mas, desde então, entre sete e dez países superaram o Brasil a cada década. Há 40 anos que o Brasil vem caindo nesse ranking, que registra o que cada população tem disponível como renda.
Renda encolhe desde 2013
Os brasileiros tinham a renda comparativamente mais alta em 2013: era de, em média, US$ 15.886 no final do ano, ponderada de acordo com a paridade do poder de compra.
No final de 2020, os salários haviam encolhido para US$ 15 mil. As projeções de crescimento futuro do FMI em seu último relatório estendem-se até 2026.
Até lá, os brasileiros ainda não terão atingido a renda de que dispunham em 2013, dada a fraca expectativa de crescimento.