Bispo de Franca divulga carta sobre o segundo turno das eleições. Veja o que ele diz

  • Robson Leite
  • Publicado em 11 de outubro de 2022 às 19:00
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Bispo Paulo Roberto Beloto divulgou carta aos sacerdotes, diáconos e fieis da Diocese de Franca sobre o segundo turno das eleições

Lembrando que a Igreja Católica é apartidária, mas tem seu papel na formação de cristãos em todas as dimensões de sua vida – inclusive política – o bispo de Franca, D. Paulo Roberto Beloto, elaborou uma carta visando o segundo turno das eleições deste ano.

Ele fez questão de observar que não cabe à autoridade religiosa indicar este ou aquele candidato para o pleito. Segundo ele, a missão da igreja “é formar consciência e compromisso. Neste tempo de polarizações, colaborar com a divisão é motivar a violência”, acrescentou.

Com o título “Orientações sobre o período eleitoral – segundo turno”, o documento é endereçado aos sacerdotes, diáconos, fieis leigos de toda a área da Diocese de Franca.

Veja a íntegra do documento:

“Transcorrido o primeiro turno das Eleições deste ano, nosso povo agora poderá reavaliar as propostas e projetos de cada candidato ao governo do Estado de São Paulo e, também, de nosso Brasil.

Todo o direito de escolha foi preservado ao longo da campanha eleitoral, o que não significa que a Igreja tenha permanecido omissa à sua obrigação como Mãe e Mestra de instruir os seus filhos, para uma escolha consciente e livre para o governo nos próximos 4 anos.

Lembrando que a Igreja Católica Apostólica Romana é apartidária, mas ciente de seu papel de formar os cristãos em todas as dimensões de sua vida, inclusive a política, gostaria de recordar a cada presbítero, diácono ou fiel leigo, que não cabe a nós indicarmos este ou aquele candidato para o pleito eleitoral.

Nossa missão é formar consciência e compromisso! Neste tempo de polarizações, colaborar com a divisão é motivar à violência.

Este não é o nosso papel, mas favorecer o respeito e a dignidade de cada cidadão e a paz.

Tendo em vista que o voto é secreto e livre, afirmamos que nenhum posicionamento deve se tornar público ou ser atribuído à nossa Igreja.

Confiamos na capacidade de cada ser humano de escolher o que é melhor para o bem comum, consciente das consequências que este ato significa.

Chamamos à oração, para que o melhor se concretize para o bem de nosso Estado, de nosso País e o bem da democracia! Em Cristo Jesus”.


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