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Médicos explicam que a substância pode ser usada no tratamento de enxaqueca, da produção excessiva de suor e saliva e em espasmos musculares
Aplicação da toxina botulínica tem outras funções além da estética
Após a descoberta, na última semana, da reserva de R$ 546 mil das Forças Armadas para a compra de botox, surgiu a dúvida se a substância pode ser usada para outros fins que não os estéticos.
Além de frear o aparecimento de rugas, ela auxilia no tratamento de doenças oftalmológicas e em casos de bruxismo.
O próprio Hospital das Forças Armadas (HFA) afirmou que não adquire o botox para fins estéticos e sim para tratar dor pélvica, espasmos musculares e até doenças neurológicas.
Especialistas confirmam que a substância é bem mais versátil do que se possa presumir.
O que é e como surgiu
Popularmente conhecida como botox, a toxina botulínica é uma substância derivada da bactéria Clostridium botulinum que, em síntese, causa a paralisia dos músculos. Por isso, na dermatologia, é usada para prevenir envelhecimento.
Apesar da fama, o botox não surgiu para fins estéticos, segundo a médica oftalmologista Fernanda Fayad.
“O primeiro uso da substância foi feito por um oftalmologista para o tratamento de uma doença ocular porque era uma alternativa não cirúrgica para tratar pacientes com estrabismo”.
Como funciona
A toxina botulínica bloqueia a transmissão de impulsos nervosos no músculo. A substância “provoca um relaxamento da musculatura [em que é aplicada], controla rigidez, diminui tremores e movimentos anormais e também pode fazer o controle de secreções”, explica Fernanda.
Outras aplicações
Juliana Lasneaux, médica oftalmologista, afirma que o botox é amplamente usado para fins além do estético.
“Trata estrabismo, espasmo e paralisia facial – ajudando a melhorar a simetria facial, caso um dos lados já esteja paralisado –, sudorese excessiva, em especial nas mãos e nas axilas”.
Fernanda Fayad destaca também que a toxina botulínica pode ser usada no tratamento de enxaqueca e do blefaroespasmo, distúrbio caracterizado por contrações involuntárias das pálpebras que, em grau avançado, pode impedir a pessoa de abrir os olhos.
Porém, os especialistas destacaram que o botox “tem prazo de validade” e é preciso repetir a aplicação da substância periodicamente.
O tempo de duração e a quantidade de toxina devem ser estipulados por médicos e profissionais especializados.
*Informações Metrópoles